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    ONU e parceiros ajudam sobreviventes do ciclone Gombe

    A agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e parceiros estão a trabalhar com o governo de Moçambique para ajudar milhares de famílias devastadas pelo ciclone Gombe, que atingiu o país no início deste mês.

    O ciclone Gombe varreu o centro e norte de Moçambique a 11 de Março, destruindo casas, inundando terras agrícolas, e forçando dezenas de milhares de pessoas a fugir em busca de segurança.

    Os esforços iniciais de socorro foram atrasados devido aos danos causados pela tempestade em muitas estradas chave. O Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU diz que cerca de 60 pessoas foram mortas, mais de 80 feridos e cerca de 488.000 foram afectados por Gombe.

    Foi a tempestade mais forte a atingir Moçambique desde que os ciclones Idai e Kenneth causaram estragos no país, em 2019.

    O porta-voz do ACNUR, Boris Cheshirkov, diz que mais de 380.000 pessoas foram afectadas só na província de Nampula. As vítimas, que incluem dezenas de milhares de pessoas deslocadas, precisam de assistência humanitária urgente.

    “Enquanto a intensidade e impacto do ciclone Gombe parece ser menos severa do que Idai e Kenneth, esta foi uma tempestade de categoria 4 com ventos fortes, de até 190 quilómetros por hora, chuva torrencial, e trovoadas. Prejudicou infra-estruturas críticas. Cortou a energia e as comunicações na cidade de Nampula, bem como o acampamento de refugiados de Maratane, nas proximidades”.

    Cheshirkov diz que os locais na província de Cabo Delgado que acolhem dezenas de milhares de pessoas deslocadas por violentos ataques armados também foram gravemente afectados. O ACNUR está a distribuir artigos essenciais dos seus stocks para ajudar 62.000 refugiados, deslocados internos, e comunidades de acolhimento.

    “Todas as regiões do mundo estão a sofrer riscos climáticos… Aqueles que têm menos meios para se adaptarem são os mais afectados, incluindo refugiados, deslocados internos e pessoas sem pátria. Mulheres, crianças, idosos, pessoas com deficiência e povos indígenas são afectados de forma desproporcionada”.

    As Nações Unidas dizem que o impacto total e a magnitude dos danos causados pelo ciclone Gombe ainda não é conhecido e é provável que seja mais grave do que as dados iniciais indicam.

    O ACNUR e os seus parceiros estão a avaliar a protecção e as necessidades humanitárias dos sobreviventes deslocados do ciclone. Para além das necessidades básicas de abrigo, alimentação e cuidados de saúde, espera-se que muitos precisem de protecção contra a exploração e abuso sexual, bem como de aconselhamento para os ajudar a lidar com o trauma mental.

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