WASHINGTON – Uma fonte da Casa Branca informou que o presidente Barack Obama se comprometeu a discutir no Conselho de Segurança das Nações Unidas uma proposta da Rússia para colocar em segurança os estoques de armas químicas da Síria.
A reunião do Conselho de Segurança será hoje à noite à porta fechada, mais ou menos ao mesmo tempo que estava previsto um pronunciamento de Obama aos americanos sobre a matéria.
Entretanto, nas últimas horas surgiu um medir de forças entre as diplomacias da Rússia e da França.
Depois de uma conversa telefónica mantida hoje com o seu homólogo russo, o ministro francês Laurent Fabius disse que a Rússia está relutante em concordar com uma Resolução vinculativa do Conselho de Segurança, que poderia proporcionar um quadro para controlar estoques de armas químicas da Síria, de acordo com o plano da França. Em vez de uma resolução vinculativa, a Rússia favorece uma “declaração presidencial” não vinculativa do Conselho de Segurança, segundo a agência de notícias Reuters.
O referido funcionário da Casa Branca disse que Obama discutiu a proposta da Rússia hoje com o presidente francês, François Hollande, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron. O ministro das Relações Exteriores da França disse também que a França avançará com uma resolução no Conselho de Segurança da ONU que visa forçar a Síria a tornar público o seu programa de armas químicas, colocá-lo sob controlo internacional e desmantelá-lo.
Obama tinha dito que a proposta representa um avanço potencial que poderá deter os planos para um ataque militar dos EUA, mas avançou que os detalhes ainda não estão claros.
A fonte pediu anonimato porque os funcionários não estão autorizados a revelar o nome em conversas privadas.
Um funcionário da Casa Branca enviou um mail ao site “The Huffington Post” com mais detalhes:
“Esta manhã, o Presidente falou separadamente com o presidente Hollande e o primeiro-ministro Cameron. Eles concordaram em trabalhar em conjunto, e em consulta com a Rússia e a China, para explorar seriamente a viabilidade da proposta russa para colocar todas as armas químicas da Síria e materiais relacionados totalmente sob controlo internacional, a fim de assegurar a sua destruição verificável e aplicável. Estes esforços começam hoje nas Nações Unidas, e irão incluir uma discussão sobre os elementos de uma potencial resolução do Conselho de Segurança da ONU.” (huffingtonpost.com/Portal de Angola)
