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    Nuvem de fumaça de incêndios florestais sufoca Manaus

    Capital amazonense atravessa pior outubro de incêndios em 25 anos, com sério perigo de saúde. Ministra Marina da Silva aponta três fatores, mas enfatizando atividades “criminosas”: “Não há fogo natural na Amazônia.”

    A metrópole amazônica Manaus está sufocada há dias por uma nuvem tóxica originária de incêndios “criminosos”, alertou nesta sexta-feira (13/10) o Ministério do Meio Ambiente.

    Desde a quarta-feira, focos de incêndio na Amazônia lançaram uma capa de fumo cinzento sobre a cidade de 2 milhões de habitantes. Segundo o World Air Quality Index, a qualidade do ar de Manaus está entre as piores do mundo.

    “Essa fumaça está nos prejudicando. Muita gente não tem consciência de que estão queimando a floresta, de que muitos animais estão morrendo”, lamentou a moradora Maria Luiza Reis, de 72 anos.

    As autoridades sanitárias nacionais instaram a população a evitar ao máximo a exposição à poluição nos próximos dias. O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública, Marcio Henrique de Oliveira Garcia, confirmou, numa coletiva de imprensa em Brasília, que há “riscos importantes, principalmente de enfermidades respiratórias”.

    Incêndios provocados

    O governo brasileiro anunciou nesta sexta-feira que enviará dois helicópteros e 149 brigadistas adicionais, além dos 140 que já atuam no combate ao fogo na região. No momento o estado do Amazonas atravessa seu pior outubro em 25 anos, no tocante a focos de incêndio: o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou 2.770 focos ativos no último mês – um aumento de 154% em relação ao mesmo período de 2022.

    Em coletiva de imprensa, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, associou os incêndios a “criminosos” que os utilizam para limpar e preparar o solo para a agricultura ou a pecuária, após desflorestar a superfície. “O principal vetor das queimadas é desmatamento, não existe fogo natural na Amazônia”, assegurou.

    Os sinistros ocorrem em meio a uma seca extrema na região, com os rios em níveis criticamente baixos, dificultando o transporte e o abastecimento de cerca de 500 mil habitantes.

    “É uma situação de extrema gravidade, porque há cruzamento de três fatores: grande estiagem provocada pelo El Niño; matéria orgânica em grande quantidade ressecada; ateamento de fogo em propriedades particulares e dentro de áreas públicas, de forma criminosa”, explicou Silva.

    Devido à nuvem tóxica, diversos eventos foram cancelados em Manaus, inclusive uma maratona. Enquanto isso, contudo a atividade segue nas docas da capital, de rosto protegido por máscaras, trabalhadores vêm e vão levando sua carga, e lanchas atravessam o rio Negro.

    av (ots)

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    FonteDW

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