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    Netanyahu justifica derrube de caça sírio por “grosseira violação” de acordo de desmilitarização

    O PM de Israel, Benjamin Netanyahu, considerou o alegado desrespeito do espaço aéreo israelita por um caça sírio como “uma grosseira violação” do acordo de desmilitarização entre Israel e a Síria.

    O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, considerou esta terça-feira o alegado desrespeito do espaço aéreo israelita por um caça sírio como “uma grosseira violação” do acordo de desmilitarização entre Israel e a Síria.

    “Israel não aceitará semelhante violação”, seja pelo ar ou por terra, assegurou Netanyahu. Na sua declaração, o primeiro-ministro do Estado judaico afirmou esperar que a Síria respeite o acordo de 1974 sobre uma zona desmilitarizada ao longo da fronteira partilhada pelos dois países.

    Israel anunciou esta terça-feira ter abatido um caça sírio que penetrou no seu espaço aéreo. A versão foi desmentida por Damasco, ao referir que o aparelho conduzia operações contra forças ‘jihadistas’ no sul da Síria e quando as suas forças se aproximaram os montes Golã ocupados pelo Estado judaico desde 1967.

    As forças governamentais de Bashar al-Assad e aliados desencadearam em 19 de julho uma ofensiva para retomar as zonas rebeldes nas províncias meridionais de Deraa e Qouneitra, junto ao planalto do Golã ocupado e anexado por Israel.

    Um porta-voz militar israelita indicou em conferência de imprensa telefónica que o avião “um Sukoi 22 ou 24” foi “atingido após ter penetrado dois quilómetros” no espaço aéreo controlado por Israel, no sul do planalto do Golã. Em comunicado publicado previamente, o exército tinha precisado ter disparado “mísseis Patriot na direção” do aparelho, um termo que utiliza para referir que o alvo foi abatido. “O avião despenhou-se na parte sul do planalto do Golã sírio”, precisou o porta-voz.

    Em simultâneo, as forças do regime sírio retomaram aos rebeldes a maioria dos territórios do sudoeste do país e cercam um setor controlado pelos ‘jihadistas’ do grupo extremista Estado Islâmico (EI) junto aos montes Golã e anexa à “zona-tampão” desmilitarizada entre os dois países, formada um ano após a guerra israelo-árabe de 1973.

    Damasco acusa há muito Israel de apoiar o EI e outros grupos da oposição. “O inimigo israelita confirmou ter optado pelos grupos armados terroristas e atingiu um dos nossos aviões que atacava as suas posições no setor de Saïda (…) no espaço aéreo sírio”, afirmou uma fonte militar.

    Israel e a Síria, países vizinhos, nunca concluíram um tratado de paz. Apesar de afirmar que não pretende envolver-se no conflito que decorre na Síria desde 2011, Israel já atacou por diversas vezes o país vizinho, em particular posições militares de Damasco e seus aliados, e ainda do Hezbollah libanês e do Irão. (Observador)

    por Lusa

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