As discussões entre o governo grego e os credores para o perdão de metade da dívida grega devem ser concluídas até amanhã, segundo o ministro grego Evangélos Vénizelos. O acordo é uma pré-condição imposta pelos credores institucionais (FMI, BCE e zona do euro) para a concessão de um novo empréstimo para o país, e necessário para evitar a moratória.
Neste sábado, o ministro grego das Finanças, Evangelos Vénizelos, participou de uma teleconferência com representantes da zona do euro. Segundo ele, as negociações estão “por um fio.” A aprovação de um novo pacote, orçado em 130 bilhões de euros, é essencial para o pagamento de parcela de 14,5 milhões, correspondente aos juros da dívida grega. O vencimento é no dia 20 de março. Os recursos se somam a um outro pacote já adotado em maio de 2010, de 110 bilhões de euros. “O momento é crítico.” Tudo deve estar concluído até domingo à noite”, declarou o ministro das Finanças Evangelos Vanizelos.
Segundo ele, a reunião foi difícil, e há uma “grande ansiedade e muita pressão dos membros da zona euro”, disse.O acordo é necessário para o desbloqueio de um novo empréstimo, de 130 bilhões de euros, até 2015. Caso o contrário, o país poderá decretar moratória, colocando em risco toda a economia do bloco, que já sofre as consequências da crise financeira. O presidente da Deutsche Bank, Joseph Ackerman, participará das negociações viaja neste sábado para a Grécia. De acordo com ele, os bancos e credores foram “extremamente generosos” em aceitar o perdão de mais de 70% da dívida grega.
Trata-se de uma pré-condição para os credores institucionais (Zona euro, Banco Central Europeu e FMI) liberarem o novo pacote de ajuda. A chamada troika também exige reduções drásticas no orçamento grego e reformas estruturais. Além de uma diminuição dos salários dos funcionários públicos e dos fundos de pensão, o governo deverá assumir o compromisso de dar continuidade às reformas depois das eleições. Neste domingo, por volta das 11h, o primeiro-ministro grego, Lucas Papademos, recebe os líderes de três partidos que apoiam o governo, para analisar a situação.
Fonte: RFI