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    MPLA: António Venâncio critica falta de democracia interna e mantém decisão de se candidatar contra João Lourenço

    O militante do MPLA, há 48 anos, António Venâncio, que manifestou a sua pretensão em candidatar-se ao cargo de presidente do partido, criticou hoje a falta da democracia interna e diz que essa ausência impede a melhor qualidade das decisões por parte dos líderes que não são eleitos em eleições disputadas com possibilidade de escolha entre “opiniões diferentes”.

    António Venâncio, que falava aos jornalistas para apresentar a sua intenção de concorrer à presidência do partido no poder, no VIII Congresso, previsto para Dezembro próximo, acrescentou que “a falta de democracia interna gera cenários de bajulação, nepotismo, idolatria ou endeusamento do líder”.

    “Muitos erros cometidos, e que ainda não foram corrigidos, poderão representar no futuro uma baixa ainda mais considerável dos níveis de aceitação do partido na sociedade”, referiu.

    Militante do MPLA, há 48 anos, António Venâncio, que manifestou a sua pretensão em candidatar-se ao cargo de presidente do partido.
    (Foto: da página FB de António Venâncio)

    Na sua opinião, “o MPLA deixou de ser um partido marxista-leninista e enveredou por um novo caminho democrático, respeitando o direito dos militantes em elegerem e serem eleitos para cargos de direcção, desde a base ao topo da organização, sem que para tal, beneficiem de privilégios especiais”.

    “O Cargo de presidente do partido é uma oportunidade para obter a confiança da direcção do partido para ser designado cabeça de lista e uma vez vencidas as eleições, liderar o Governo e introduzir no País as reformas profundas previstas na moção de estratégia”, informou.

    De acordo com este militante, uma candidatura com propostas alternativas para o desenvolvimento, poderá melhorar o ambiente político nacional e relançar a economia para construção de uma outra e melhor Angola.

    “O centro de ocupação dos cidadãos foi deslocado para a luta pelo poder, e com isso, o País saiu prejudicado”, disse, frisando que a “a luta contra a corrupção precisa de uma nova visão de Estado”.

    “O centro do combate à corrupção deverá ser deslocado para as instituições vocacionadas e deve comportar três eixos fundamentais, nomeadamente a educação, a saúde, a economia e poder judicial para combater a impunidade”, defendeu.

    Para António Venâncio “é preciso separar os empresários da política e os políticos dos negócios, porque há muitos anos está nefasta simbiose não é combatida, havendo prejuízos sérios para a economia e para a concorrência empresarial”.

    “Precisamos desenvolver uma nova mentalidade política, de união e de concórdia nacional entre todos os angolanos, sem discriminação de cor da camisola e da filiação partidária e igual o campo democrático da disputa”, apelou.

    Questionado se não sendo membro do Bureau Político, do Comité Central, provincial e municipal, sé era possível candidatar-se, respondeu que os estatutos do MPLA revistos no último congresso, defendem os militantes e que estes podem concorrer à presidência do partido.

    Informou que no dia 13 deste mês enviou ao Comité de Acção do Partido (CAP), onde milita, a documentação da pretensão da apresentação da sua candidatura ao cargo do presidente do MPLA.

    “Depois do CAP analisar o dossier, este será submetido ao comité municipal, provincial e mais tarde a nível central do partido que poderá decidir se sim ou não da candidatura”, explicou António Venâncio, salientando que, “caso o processo tenha aval favorável, será o primeiro militante nestas condições, em 48 anos, a apresentar a sua intenção de candidatar-se a presidência do partido”.

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