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    Missões DART e Hera são precauções da Terra face a possível embate de asteróide

    A primeira fase da missão Dart foi bem sucedida, com a sonda a embater no asteróide Dimorphos há uma semana, tal como estava previsto pela NASA, constituindo assim a primeira missão defesa planetária da Terra para uma eventual colisão com um asteróide. O astrónomo e investigador Nuno Peixinho reforça que não há qualquer perigo actual e que esta experiência é importante para precaver impactos no futuro.

    “A missão Dart é a primeira missão teste de defesa planetária, é o princípio destas missões relativamente ao perigo de colisão de algum asteróide que venha do espaço. Nós precisamos de nos precaver contra um possível impacto no futuro e temos tecnologia para antecipadamente fazermos alguma coisa”, disse Nuno Peixinho, em entrevista à RFI.

    O objectivo do impacto desta sonda é perceber se vai ou não alterar a órbita do Dimorphos, asteróide de 163 metros que gira à volta de uma asteróide maior, o asteróide Didymos, conseguindo assim estudar se, em caso de verdadeira ameaça à Terra, esta seria uma forma de evitar uma colisão.

    “Esta missão é para nos precaver e começar a estudar, num cenário real, quanto é que conseguimos desviar um asteróide só com um impacto de uma sonda e quanto é que ele se vai mexer daqui a uns anos”, explicou Nuno Peixinho.

    A órbita do asteróide Dimorphos continuará a ser acompanhada pelo satélite italiano LICIACube, que se libertou da Dart uma semana antes, e filmou todo o impacto, recolhendo informação preciosa que será agora analisada por astrónomos de todo o Mundo. Em 2024, partirá a sonda Hera, sob a égide da Agência Espacial Europeia que vai analisar de perto os desenvolvimentos junto a Dimorphos e a Didymos.

    Nuno Peixinho, investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço e Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, disse que por enquanto, os habitantes terrestres podem estar “sossegados” não havendo qualquer ameaça real vinda do espaço através de asteróides ou cometas.

    “Nós monitorizamos milhares de asteróides que passam relativamente perto da Terra, sendo 2.000 aqueles que são considerados mais perigosos, que estamos sempre a seguir com detalhe par anão termos uma surpresa daqui a 100 ou 200 anos. Nas próximas décadas não há nada que esteja em rota de colisão com a Terra, quanto a isso podemos estar sossegados, claro que é verdade que poderá sempre aparecer algum que não tínhamos visto”, indicou.

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    FonteRFI

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