Os ministros das Finanças da União Europeia se reúnem em uma conferência telefônica nesta segunda-feira, 19 de dezembro, para discutir diversos temas ligados à crise econômica no bloco. O dispositivo de empréstimo feito pelos europeus ao Fundo Monetário Internacional, visando ajudar os países em dificuldades, estará no centro dos debates.
Dez dias após a reunião de cúpula realizada pelos países da zona do euro para tentar encontrar uma solução para a crise econômica, os ministros das Finanças do bloco retomam as discussões durante uma conferência telefônica na tarde desta segunda-feira. O principal tema das conversas será a questão dos chamados empréstimos bilaterais do velho continente para o Fundo Monetário Internacional (FMI). O dispositivo visa reforçar, com fundos europeus, os recursos do FMI para que ele possa, por sua vez, ajudar os membros da zona do euro em dificuldades financeiras. Países que fazem parte da UE, mas que não adotam a moeda única, também devem participar da reunião.
A questão do aumento dos recursos do FMI já havia sido levantada durante a cúpula do início de dezembro. Na ocasião, os participantes propuseram uma colaboração de 200 bilhões de euros, dos quais 3/4 viriam dos países da zona do euro, e o restante dos demais países da União Europeia. Mas além da contribuição dos europeus, espera-se que os países emergentes possam aderir ao dispositivo e participar da recapitalização do Fundo.
Alguns membros dos 27 já confirmaram a contribuição, sem revelar o valor. O Reino Unido, que havia recusado as propostas apresentadas durante a cúpula de 9 de dezembro, avisou que não vai participar da operação. Quanto à entrada dos emergentes no dispositivo, fontes ligadas às negociações em Bruxelas consideram que os europeus ainda não conseguiram mobilizar suficientemente as novas economias.
O Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM, na sigla em inglês), futuro fundo permanente de ajuda aos países da UE em dificuldades, também será discutido nesta segunda-feira. Os dirigentes europeus esperam que o ESM entre em vigor já em meados de 2012.
Silvano Mendes
Fonte: RFI
Foto: Reuters
