Os ministros responsáveis pelas diplomacias de Angola, Georges Chikoti, África do Sul, Maite Nkoana-Mashabane, e República Democrática do Congo (RDC), Léonard She Okitundu, afinaram os instrumentos para operacionalização do Mecanismo Tripartido de Diálogo e Cooperação entre os três países.
No final da primeira reunião extraordinária do Mecanismo Tripartido de Diálogo e Cooperação entre estes países, que a capital angolana acolheu esta quinta-feira, o ministro Georges Chikoti frisou que o evento cumpriu com os seus objectivos, uma vez que permitiu a aprovação do plano de acção dos seus técnicos e as questões relativas ao sistema de contribuições.
“Angola já contribui e hoje assinamos um documento que permiti a África do Sul assinar, mas também a RDC já enviou um parte das suas contribuições”, disse.
Disse ainda ter sido aprovado, durante o encontro, alguns princípios que se relacionam com o organigrama.
“Como sabem, esta tripartida foi criada pelos três Chefes de Estado, em 2013, no sentido de se estabelecer um mecanismo estratégico de coordenação entre os três países, primeiro para a consolidação da estabilidade na RDC, mas também de desenvolvimento da nossa sub-região”, apontou.
No sentido do desenvolvimento, disse, o secretariado do Mecanismo trabalhou já sobre alguns aspectos importantes e projectos que podem ser empreendidos entre os três países em domínios como o das linhas férreas, barragens hidroeléctricas e outros no sector mineiro.
No que toca à segurança no Leste da RDC, o ministro disse que foi também abordada, tendo sido ouvido uma exposição do ministro deste país sobre a estabilidade.
“A paz é necessária na parte Ocidental da RDC e é a instabilidade na parte do Kassai que originou os refugiados que se encontram em Angola, dai ter havido a decisão de os governadores das duas províncias Kassai (RDC) e Lunda Norte (Angola) encontrar-se e olhar para todos os aspectos que têm haver com a instabilidade neste país.
Na ocasião, o ministro congolês, Léonard She Okitundu, reafirmou o engajamento das autoridades do seu país em relação a organização.
Por outro, manifestou o seu reconhecimento em relação ao apoio que tem sido dado pela África do Sul e Angola, face às ingerências externas no que tange a assuntos internos do seu país com o objectivo de o desestabilizar.
Por sua vez, a ministra Maite Nkoana-Mashabane, da África do Sul, reafirmou a disponibilidade deste país em ajudar na sua estabilização, bem como destacou a importância da efectivação dos projectos para um desenvolvimento integrado da região. (Angop)