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    Ministro João Borges quer separação de actividades no sector de energia

    Turim – O Programa de Transformação do Sector Eléctrico (PTSE) procura melhorar a eficiência através da separação de actividades e de uma nova regulação que permita a participação de privados, disse terça-feira, em Turim (Itália), o ministro angolano da Energia e Águas, João Baptista Borges.

    João Baptista Borges- Ministro da Energia e Águas (ANGOP)
    João Baptista Borges- Ministro da Energia e Águas (ANGOP)

    João Baptista Borges fez esta afirmação quando dissertava no Fórum de negócios Itália/Angola sob o tema “Oportunidades de Investimentos nos Sectores da agro-indústria, agro-pecuária e alimentação”, promovido pelo Ministério angolano da Economia.

    Segundo o titular da pasta de Energia, a participação de empresários privados no sector eléctrico passa, necessariamente, pela reestruturação das empresas públicas e pela criação da figura de comprador único para adquirir toda a energia produzida no sistema público.

    Segundo o governante, deve-se também ter em conta os incentivos e a liberalização na produção e distribuição, bem como no modelo tarifário para promover a eficiência energética e proteger os consumidores mais desprotegidos.

    Para se atingir o sucesso deste programa, o ministro João Borge considera necessário investir fortemente em activos de produção e na criação de infra-estruturas ligadas à extensão das linhas de transportes, assim como unificar as novas centrais aos sistemas de transportes de energia eléctrica.

    “Angola está a gerir, em paralelo, grandes projectos de infra-estruturas, cuidadosamente planificadas para aproveitar os recursos nacionais únicos (hídricos, gás natural, vento e solar)”, explicou o governante.

    Acrescentou que de 2011 até ao fim de 2014, prevê-se que Angola invista USD 5,32 milhões, procurando atrair parceiros privados para partilhar o esforço e os benefícios dos restantes investimentos previstos, estimados em USD 17,6 mil milhões.

    João Borges referiu que para se atingir esses objectivos, o país definiu já um plano de investimento ambicioso de 23 mil milhões de dólares, tendo já em execução um programa de USD 12 mil milhões até 2018.

    O ministro citou como exemplo os projectos de Laúca (no Cuanza norte) com capacidade de dois mil MW, o alteamento e segundo grupo de produção em Cambambe (700 MW), a extensão da rede de distribuição e de ligações residenciais, entre outras acções.

    Quanto às perspectivas de crescimentos de Angola no sector da energia para os próximos anos, João Borges disse prever que o mesmo venha situar-se, a médio prazo, em aproximadamente 7 porcento, superando alguns países do médio oriente e norte de África.

    “Desenvolver o sector da Energia é crucial para a melhoria do nível de vida das populações”, frisou o governante, acrescentando que o seu pelouro tem estado a implementar projectos tendentes à concretização desse objectivo.

    No domínio das águas, o ministro afirmou que o Executivo angolano definiu um Portfolio de projectos avaliado em USD 5,95 mil milhões para serem implementados até ao fim de 2017, tendo já programado acções no valor de 4,36 mil milhões para a expansão dos sistemas de distribuição.

    O ministro João Borges fez saber que de 2011 até a presente data, o Executivo angolano investiu nos sectores de energia e águas 7,53 biliões de dólares.

    Participaram do Fórum empresários, angolanos e italianos, representantes de associações empresariais, câmaras de comércios e industrias, banca, agricultura, industria, hotelaria e turismo, entre outros. (portalangop.co.ao)

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