A ministra do Ambiente, Paula Francisco, enalteceu hoje, terça-feira, em Luanda, o trabalho e dedicação dos fiscais no combate à exploração ilegal da fauna e flora selvagem em Angola.
Num documento chegado hoje à Angop, por ocasião do Dia Mundial dos Fiscais dos Parques e Reservas, assinalado hoje 31 de Julho, a governante admitiu a insuficiência de meios, sobretudo para a patrulha, como sendo um dos principais problemas que tem dificultado o trabalho dos efectivos.
“Continuamos a envidar esforços para minimizar estas insuficiências actualmente registadas, no quadro da estratégia do combate contra os crimes ambientais em Angola”, garantiu a ministra do Ambiente.
A recuperação e construção de infra-estruturas de apoio nos parques nacionais do país constitui uma das apostas do Ministério do Ambiente, com vista à melhoria das condições de trabalho dos fiscais e promoção do ecoturismo nestes locais.
O Dia Mundial dos Fiscais dos Parques e Reservas é uma iniciativa da Federação Internacional dos Fiscais (International Ranger Federation-IRF) em parceria com a Fundação Linha Verde (Green Line Foundation).
Nesta data, os membros da Associação dos Fiscais de África-Angola para as Áreas de Conservação (GRAA-Angola), que garantem a continuidade no combate à caça furtiva e o abate ilegal das espécies ameaçadas em vias de extinção em todo o país, realizam várias actividades em torno desta efeméride.
Por outro lado, o presidente da Federação Internacional dos Fiscais e Fundador da TheThin Green Line Foundation, Sean Willmore, na sua mensagem refere que os fiscais lutam para impedir que os “pulmões da terra” sejam serrados até ao chão, além do combate contra a extinção das mais variadas espécies.
“Eu estou com os Fiscais em todo mundo. Vamos partilhar a nossa mensagem para que ela seja ouvida em vários lugares como na Floresta de Amazónia, na cordilheira de Virunga, que cruza a República Democrática do Congo, Uganda e Ruanda, a última fortaleza dos gorilas das montanhas, e perto de onde cinco dos meus colegas foram recentemente mortos a tiros”, descreve a mensagem de Sean Willmore.
Para Ruth Nassussu, fiscal destacada no parque nacional da Quiçama (Luanda), ser fiscal é ser “herói” das mais diversas espécies que correm riscos de abate pelos caçadores furtivos.
“Neste Dia Mundial dos Fiscais peço maior união e que a luta pela conservação e o combate ao tráfico ilegal dos derivados da fauna e flora seja sempre vencida”, apelou Ruth Nasusu Mendes.
O Ministério do Ambiente controla 16 áreas de conservação, entre parques, reservas naturais, integrais, parciais e especiais, na sua maioria criadas no período colonial. (Angop)