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    Ministério da Cultura pede a especialistas que colaborem no fim das seitas religiosas

    Ministra pediu a antropólogos e sociólogos independentes que colaborem com a publicação de trabalhos de investigação Fotografia: Dombele Bernardo

    A ministra da Cultura pediu, na segunda-feira, em Luanda, a antropólogos e sociólogos independentes que colaborem com os especialistas do Instituto Nacional para os Assuntos Religiosos (INAR) na descoberta e eliminação das situações causadas por fenómenos religiosos.
    Rosa Cruz e Silva, que falava no lançamento do terceiro número da revista “Religiões e Estudos”, editada anualmente pelo INAR, pediu também aos antropólogos e sociólogos que ajudem ao “estancamento da proliferação de seitas” e que publiquem trabalhos de investigação. O Ministério da Cultura, prometeu, vai continuar a trabalhar com as Igrejas para a resolução dos problemas causados pelos fenómenos religiosos.
    “Descobrir, distinguir e resolver o problema dos fenómenos religiosos não é uma tarefa única e exclusiva dos especialistas do Instituto Nacional para os Assuntos Religiosos, por ser um campo de acção amplo e aberto a possíveis colaborações”, salientou.
    A revista “Religiões e Estudos”, referiu, é também um suporte para campanha de resgate dos valores morais e cívicos e para a juventude angolana perceber os aspectos críticos capazes de criarem tensões na sociedade.  “Os estudos publicados na revista são uma forma dos especialistas divulgarem e tratarem os problemas religiosos”, adiantou.
    A ministra da Cultura destacou ainda que os conflitos causados pelos fenómenos religiosos devem ser resolvidos pelo diálogo com “as entidades máximas” para se cumprir com o que está estabelecido na lei e que as cisões nas Igrejas e a pobreza são as principais causas do surgimento e proliferação de seitas.
    A solução para estancar o fenómeno, frisou, passa pela colaboração do Ministério da Cultura com outros sectores.
    D. Afonso Nunes, líder espiritual da Igreja Nosso Senhor Jesus Cristo no Mundo, referiu que a revista ajuda a preparar os angolanos sobre a cultura religiosa e contribui para despertar a consciência das pessoas, pois a religião tem vários contornos decisivos para o país, como a manutenção da paz. Por isso, acrescentou, o país deve criar mecanismos eficazes para conter os problemas causados pelos fenómenos religiosos.

    Religiões e Estudos

    “A dimensão cultural da religião”, “O lugar das religiões tradicionais africanas no continente”, “Práticas religiosas: o Johrei como prática de cura, educação e integração social”, “Angola: Proliferação de igrejas e de seitas religiosas – um atentado à segurança e às culturas nacionais”, “Como eliminar o feitiço em Angola? – O dinamismo cultural em causa” e “O contributo das igrejas no resgate e transmissão dos valores morais, éticos e cívicos da sociedade angolana” são títulos de algumas das peças do terceiro número da revista “Religiões e Estudos”, que tem como tema “religião e sociedade”.
    Os textos deste número são da autoria do vice-ministro da cultura e historiador, Cornélio Caley, dos sociólogos e docentes universitário Manuel Fernando e Kezita Mixingi, do biólogo e tradicionalista bantu Makuta Nkondo, do malogrado padre Muanamosi Matumona, do bispo Afonso Nunes, do reverendo José Abias e do responsável pelo departamento de estudos e investigação do INAR, Jacinto Domingos Manuel.

     

    Fonte: JA

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