A 33ª Cimeira ordinária dos Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) congratulou-se com o desdobramento da Brigada de Intervenção da organização na República Democrática do Congo, para conter a deterioração da situação de segurança e humanitária na parte leste do país.
De acordo com o comunicado final da cimeira que encerrou hoje (domingo), em Lilongwe, Malawi, lido pelo secretário executivo cessante da SADC, Tomaz Salomão, a Cimeira saudou a assinatura do Quadro de Cooperação para a Paz e Segurança na RDC e na região, que teve lugar em Adis Abeba (Etiópia), a 24 de Fevereiro de 2013.
A cimeira congratulou-se também com a adopção pelo Conselho de Segurança da ONU da Resolução 2098 de 2013, que confere mandato para o desdobramento da Brigada de Intervenção no leste da RDC, sob os auspícios da MONUSCO.
O encontro destacou ainda as negociações de Kampala, entre o Governo da RDC e o movimento M23, e observou que as conversações têm vindo a arrastar-se por muito tempo e que, eventualmente, deverá ser considerado um prazo razoável.
Exortou as partes interessadas no conflito congolês a participarem em todas as consultas nacionais, inclusive no país afim de se encontrar uma solução política duradoura.
Relativamente à crise política no Madagáscar, país suspenso pela organização, o evento saudou a criação do Tribunal Eleitoral Especial para o Madagáscar, que abre assim caminho para a realização de eleições livres, justas e credíveis no país.
A Cimeira notou com satisfação a evolução positiva que se regista no Madagáscar, especialmente no que diz respeito à decisão do Tribunal Eleitoral Especial, recém-formado, em retirar nove candidatos da corrida presidencial, entre os quais o presidente do Governo de transição, Adry Rajoelina, o ex-presidente Didier Ratsiraka e Lalao Ravalomanana, esposa do líder deposto.
Deste modo, a reunião felicitou o Tribunal Eleitoral Especial por esta decisão, apelando igualmente ao órgão judicial para acelerar o processo de realização de eleições no Madagáscar.
No entanto, a Cimeira ressaltou os esforços incansáveis e frutíferos do antigo presidente de Moçambique, Joaquim Chissano, mediador da SADC para a crise do Madagáscar, assim como do embaixador R. Lamambra, comissário para a Paz e Segurança da Comissão da União Africana (UA), visando o regresso da normalidade constitucional naquele país.
(portalangop.co.ao)