Namibe – Pelo menos duzentas e uma mil pessoas precisam de ajuda alimentar de emergência devido à seca que assola o interior da província do Namibe, segundo o responsável da Agricultura, engenheiro agrónomo Mateus Delgado.
O responsável do ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural receia que este número poderá vir a aumentar nos próximos tempos, dada a gravidade da situação em que se encontra a população do interior da província do Namibe, com falta de água, o pasto para os animais e a fraca cultura.
Mateus Delegado descreveu a situação de crítica porquanto a presente campanha agrícola esta comprometida e a população do interior por si só não tem fonte alternativa para sua sobrevivência.
“De um tempo atrás a situação tem estado a agudizar-se porque a situação da estiagem, seca tem estado assolar essas populações principalmente no interior da província nomeadamente nos municípios do Virei, Bibala, Kamucuio”, acrescentou.
Questionado sobre o número da taxa de vulnerabilidade disse que o município do Namibe conta com 27 mil pessoas atingidas pelos efeitos da estiagem, Tômbwa 28 mil, Bibala 52 mil, Virei 46 mil e Kamucuio 46 mil, totalizando duzentos e uma mil pessoas vulneráveis em toda a província.
“Deste número temos 23 mil 907 pessoas consideradas de alta vulnerabilidade, quer dizer, que precisam de ajuda alimentar imediata que estão em estado critico e que devem receber apoio imediato do governo “, frisou o engenheiro.
Na zona litoral Mateus Delgado disse que a situação é diferente, onde os índices de alta produção de hortofrutícolas aumentaram consideravelmente, fruto do desempenho dos agricultores e camponeses que dia apos dia vão melhorando as suas técnicas de produção fazendo uso de motobomba e do sistema de rega gota a gota que tem sido útil e produtivo para as fazendas.
“No litoral as culturas baseiam-se no cultivo de tomate, cebola, beringela, repolho, pimenta, batata-rena, já no interior a produção consubstancia-se no cultivo de massango, massambala, milho que faz parte da sua dieta alimentar no dia a dia”, afirmou.
Para acudir a situação, o governo da província tem contado com o apoio do Ministério da Assistência e Reinserção Social, igrejas, empresários e outras organizações filantrópicas que tem dado ajudado com ajuda em bens alimentares, roupa usada e material para a prática da agricultura. (portalangop.co.ao)
