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    Mais de 30 mil estrangeiros ilegais expulsos durante a Operação Transparência

    Quarenta mil cidadãos estrangeiros ilegais foram expulsos do país, de Janeiro a data presente do ano em curso, representando uma diminuição de 360 mil expulsões, em relação a igual período anterior, informou hoje, quinta-feira, em Saurimo (Lunda Sul), o porta-voz da Operação Transparência, António Bernardo.

    De acordo com Angop, o responsável falava à imprensa no final da reunião do Posto de Comando Avançado da Operação Transparência em terra firme, com objectivo de esclarecer as actividades desenvolvidas no período em referência nas províncias de Malanje, Lunda Norte, Lunda Sul e Moxico, com a presença dos seus respectivos comandantes.

    Deste número de expulsões, 39 mil cidadãos foram repatriados na República Democrática do Congo (RDC), enquanto mil para a Guiné Conacry, Guiné Bissau, Mauritânia, Serra Leoa e Zimbabwe.

    Segundo António Bernardo, no mesmo período saíram voluntariamente três mil cidadãos da RDC, pessoas que, na altura da operação, insistiam em residir no país de forma ilegal.

    Fez saber que a fronteira Norte entre as províncias de Malanje e Lunda Norte continuam ainda a inspirar cuidados, porque é ai onde há maior facilidade de entrada de cidadãos de vários países, com maior incidência para os da RDC, que teimosamente insistem em instalar-se nestas áreas onde há maior probabilidade de garimpo de diamantes.

    Para contrapor a situação da imigração ilegal, os distintos oficiais presentes na reunião decidiram melhorar a fiscalização nas zonas fronteiriças com homens e meios, com vista a desencorajar tais práticas.

    Durante a operação foi possível apreender dois mil 522 pedras de diamantes, 673 mil e 90 kwanzas, 115 mil e 500 dólares norte americanos, deste, 19 mil dólares foi restituído aos proprietários que possuíam documentação em ordem.

    Da operação terra firme resultou ainda a apreensão de 18 viaturas, entre ligeiras e pesadas, duas maquinas retroescavadoras, uma centena de moto-bombas e vários meios de auxílio ao garimpo.

    Operação transparência Mar

    Os membros tomaram conhecimento sobre a mesma acção no mar, que visa reprimir a pesca ilegal, tráfico de combustível, armas e crimes ambientais.

    Como resultado, foram interpelados cerca de 40 embarcações, dos quais, trinta apresentaram diversas irregularidades, falta de meios de segurança, diários de registos, certificados de pesca, pagamento de taxas obrigatórias e incumprimento dos princípios de controlo e prevenção da poluição das águas.

    Foram apreendidos ainda oito navios com bandeiras estrangeiras a realizarem pescas, mas com insuficiências de documentos e certificados passados pelas autoridades angolanas que os habilite a exercer a actividade, para o segundo trimestre.

    Explicou que os prevaricadores foram encaminhados aos órgãos competentes para o seu devido tratamento.

    Apelou aos pescadores nacionais e estrangeiros que legalizem as suas actividades junto das instituições de direito, para não serem apanhados na operação.

    Cooperativas autorizadas

    Neste domínio, o porta-voz disse que foram autorizadas a reabrir 16 cooperativas devidamente legalizadas distribuídas nas províncias de Malanje (09), Lunda Sul (02) e Lunda Norte (05) para exercerem as suas actividades normalmente.

    Afirmou que estas cooperativas foram recomendadas a cumprir com as normas de segurança e a serem fiscalizadores do espaço cedido (200 quilómetros quadrados), evitando desta forma a invasão de garimpeiros ilegais.

    Igualmente foram orientados a prestar serviços e acções de solidariedade nas comunidades circunvizinhas, oferecer empregos aos jovens, bem como a cumprirem com as obrigações tributárias, com vista a conferir maior dignidade às zonas onde labutam.

    Governo enaltece a operação

    Por seu turno, o governador em exercício da Lunda Sul, Evanerson Kaputu, afirmou que a Operação Transparência, levado a cabo pelas autoridades, devolve a soberania do país, com maior incidência a reposição dos valores cívicos, éticos e morais.

    Sublinhou que a mesma reforça a segurança e protecção dos recursos minerais, com maior destaque ao diamante e a madeira, amplamente surripiados por estrangeiros ilegais, que a todo custo invadem o território nacional.

    Encorajou os efectivos a se empenharem na prevenção, combate à criminalidade e às transgressões administrativas, para que o Executivo dê respostas ao desenvolvimento do país que todos almejam.

    Estiveram na reunião orientada pelo comandante do posto de Comando Avançado da Operação Transparência, Américo Valente, delegados do Interior das províncias da Lunda Sul, Malanje, Moxico e Lunda Norte, oficiais das FAA, SME, Protecção Civil e Bombeiros, SIC e SINSE.

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