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    Jovens empresários de Cabo Verde querem melhorias no “ambiente de negócios”

    O Governo de Cabo Verde e a Associação de Jovens Empresários Cabo-Verdianos (AJEC) vão estudar a possibilidade de assinar um pacto para melhorar o “ambiente de negócios” no país e aumentar a competitividade económica.

    A informação foi adiantada no sábado à noite à agência Lusa pelo primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, e pelo presidente da AJEC, Paulino Dias, no final de uma “reunião de alto nível” sobre empreendedorismo que envolveu também seis ministros, representantes universitários e empresariais, inclusive da empresa portuguesa Magensinus – Escola de Negócios e Tecnologias, e figuras da sociedade civil.

    “A AJEC irá elaborar um conjunto de propostas para assinar um pacto com o Governo em relação a mudanças a introduzir no ambiente de negócios, no apoio às micro, pequenas e médias empresas e às empresas criadas por jovens, para podermos acelerar o crescimento da economia e a geração de emprego”, disse José Maria Neves.

    A ideia, segundo o chefe do executivo, é acelerar as reformas para que o arquipélago, actualmente no 122.º lugar do ranking do “Doing Business”, possa chegar ao ‘top 50’ dentro de dois a três anos, contanto, para tal, com o apoio do sector privado.

    “Queremos estabelecer uma forte relação, assinar um convénio e continuar o diálogo, para realizarmos reformas conjuntamente para que Cabo Verde possa, em dois três anos, chegar ao ‘top 50’ no ‘Doing Business’ e melhorar significativamente a competitividade da economia”, acrescentou o primeiro-ministro cabo-verdiano.

    Negando que tal possa constituir uma “utopia”, José Maria Neves disse acreditar que as metas são possíveis e alegou que o Governo, no quadro do Programa Mudar para Competir, tem em curso um conjunto de medidas para melhorar o ambiente de negócios e subir no ‘ranking’ de competitividade.

    Questionado pela Lusa sobre as críticas dos empresários, que acusam o Governo de ser muito teórico e de, depois, na prática, nada concretizar, José Maria Neves refutou-as, lembrando, por exemplo, que Cabo Verde, há poucos anos, nem sequer era avaliado no ranking do “Doing Business” e da competitividade.

    “As pessoas são extremamente severas. Cabo Verde não era, até há uns anos atrás, sequer avaliado nos dois rankings. Hoje, graças às reformas, Cabo Verde já entrou no ranking. Em 2010/11 estivemos no ‘top 10’ em termos dos países reformadores, no quadro do ‘Doing Business'”, sustentou.

    Paulino Dias, por seu lado, sublinhou à Lusa que as principais dificuldades sentidas pelas empresas privadas passam sobretudo pelo acesso ao crédito, “um dos principais constrangimentos”, bem como ao “elevado custo/contexto” – transporte inter-ilhas, infraestruturas, comunicação, energia e água.

    Manifestando disponibilidade para dialogar e assinar o pacto, o responsável pediu ao Governo a revisão da legislação laboral, medidas orientadas para o fortalecimento das micro, pequenas e médias empresas, a definição e implementação de políticas para incentivar a internacionalização das empresas e a promoção do empreendedorismo no ensino.

    Fonte: Angop

     

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