O presidente da República Democrática do Congo (RDC), Joseph Kabila, foi investido como candidato da coligação no poder para as eleições presidenciais de 28 de Novembro, disse ontem fonte da Maioria Presidencial (MP).
O bureau político da MP “designou e investiu” o presidente Kabila como o seu “candidato único” para as presidenciais, disse à AFP o deputado Aubin Minaku, secretário-geral da plataforma política que agrupa 170 partidos.
Joseph Kabila, 40 anos, foi designado candidato a 21 de Agosto durante o congresso do seu movimento, o Partido do Povo para a Reconstrução e a Democracia (PPRD). Em 2006, o PPRD designou-o também como candidato mas ele apresentou-se como independente. Eleito em 2006, o Chefe de Estado cessante sucedeu a seu pai Laurent-Désiré Kabila assassinado a 16 de Janeiro de 2001.
Os candidatos às eleições presidenciais e legislativas, ambas numa única volta e previstas para 28 de Novembro, têm até 15 de Setembro para apresentar oficialmente a sua candidatura junto da Comissão Eleitoral Nacional Independente. A três meses das presidenciais, a oposição continua dispersa, sem conseguir um entendimento sobre uma candidatura comum. Entre os principais opositores declarados mas ainda não inscritos figuram Etienne Tshisekedi, 79 anos, líder da União para a Democracia e o Progresso Social (UDPS) que boicotou as eleições de 2006.
Concorrem igualmente Jean-Pierre Bemba, 48 anos, presidente do Movimento de Libertação do Congo (MLC), detido e julgado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) de Haia por crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos pela sua milícia na República Centro Africana em 2002-2003, e Vital Kamerhe, 51 anos, ex-presidente da Assembleia Nacional que passou para a oposição em 2010 ao criar a União pela Nação Congolesa (UNC).
O actual presidente do Senado, Léon Kengo wa Dondo, não demonstrou as suas intenções mas foi investido como candidato do seu partido, a União das Forças da Mudança (UFC).
Os três partidos MLC, UNC e UFC criaram recentemente uma comissão para elaborar um programa comum antes de escolher um candidato.
Fonte: Jornal de Angola
