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    Jornalistas divulgam número de mortos por polícias nos EUA

    (AFP)
    (AFP)

    Para amenizar a falta de estatísticas completas sobre a violência policial nos Estados Unidos, uma equipe de jornalistas lançou um balanço de pessoas mortas pelas forças de ordem, que demonstrou que os negros e os hispânicos são os mais afectados.

    Segundo cifras publicadas pelos jornais The Washington Post e The Guardian, com base em dados publicados na imprensa local e em registos policiais, desde o início de 2015, a polícia matou mais de duas pessoas por dia devido a equívocos dos agentes.

    A falta de dados oficiais é um dos factores que alimenta a frustração de muitos americanos, depois de uma série de erros policias que fez várias vítimas entre membros da comunidade negra desde o verão de 2014.

    Em Agosto passado, em Ferguson (Missouri), e no mês anterior, em Baltimore (Maryland), protestos motivados pela morte de dois jovens negros – Michael Brown e Freddie Gray – acabaram em violência.

    O jornal britânico The Guardian publicou nesta segunda-feira, em sua edição americana, uma base de dados denominada “The Counted” (os contados), com a intenção de associar os internautas aos testemunhos publicados. Um mapa interactivo permite identificar os mortos por idade, região e origem étnica.

    “Desde os primeiros minutos (da publicação), já recebemos contribuições”, comemorou Jon Swaine, um dos jornalistas do The Guardian encarregados do projecto.

    Swaine espera que os internautas, que podem enviar anonimamente documentos, fotos e vídeos – que serão verificados por um jornalista – se tornem a principal fonte para alimentar este balanço.

    Nos 50 estados do país, vigoram e são aplicadas leis diferentes, o que torna ininteligíveis as estatísticas das 17.000 agências de polícia estaduais e locais existentes nos Estados Unidos.

    Segundo as cifras publicadas no domingo pelo The Washington Post, 385 pessoas morreram nas mãos da polícia desde o começo de 2015. Este número é muito superior aos dados federais oficiais.

    Mas o número é inferior ao publicado pelo The Guardian, que contabilizou 464 mortos no mesmo período.

    A diferença se explica porque o The Guardian levou em conta todos os mortos nas mãos da polícia, enquanto o The Washington Post contabilizou os que morreram por ferimentos de arma de fogo.

    Por outro lado, os números dos dois jornais indicaram que a violência afecta com mais frequência os negros e os hispânicos.

    “A quantidade de negros que morreram sem portar uma arma com eles é duas vezes maior que a de brancos” nas mesmas circunstâncias, segundo cifras do The Guardian, segundo Jon Swaine.

    Os negros e os hispânicos “têm três vezes mais probabilidades do que os brancos de serem dominados e assassinados pela polícia”, acrescentou Wesley Lowery, jornalista do The Washington Post, fazendo uma comparação entre a quantidade de mortos em 2015 e a população total. (afp.com)

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