Jerusalém – Autoridades israelitas disseram neste sábado que não ficaram surpresos com as alegações de que os Estados Unidos e a Grã-Bretanha haviam espionado líderes do país e minimizaram a importância das informações que seus aliados podem ter recolhido.
Documentos vazados por Edward Snowden, ex-prestador de serviços da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês) e publicados na sexta-feira mostraram que a agência norte-americana e sua contraparte britânica GCHQ tiveram como alvo um endereço de email listado como pertencente ao primeiro-ministro israelitas e monitoraram e-mails de funcionários da Defesa.
“Nossa hipótese de trabalho é que não só os países árabes, mas também as potências mundiais, incluindo os amigáveis, tentar nos seguir”, disse o ministro de Assuntos Estratégicos Yuval Steinitz a uma TV israelita.
Mesmo assim, Israel tomou as precauções necessárias, disse ele, acrescentando que informação secreta nunca é transmitida através de “telefones convencionais e sistemas de e-mail”.
O escritório de Ehud Olmert, que na época era primeiro-ministro de Israel, informou em comunicado que os relatórios, se confirmados, referem-se a um endereço de email público.
“As chances de que os danos à segurança ou à inteligência causados a partir da quebra para este endereço de email são minúsculas”, trouxe o comunicado. (reuters.com)