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    Isabel dos Santos: Sonangol quer participação indirecta na Galp

    Estatal angolana ingressou com uma ação num tribunal em Amsterdão para ficar com a participação indirecta de 6% da Galp. Segundo informação da agência Reuters, participação seria ligada à empresária Isabel dos Santos.

    Angola recorreu a um tribunal holandês para ficar com uma participação de 500 milhões de dólares da companhia petrolífera portuguesa Galp, ligada à empresária Isabel dos Santos. A informação é dos advogados da empresa à agência Reuters.

    Com dificuldades geradas pela crise económica provocada pela Covid-19 e com elevada dívida externa, o governo angolano está a tentar recuperar os activos que diz terem sido desviados dos cofres públicos. Para atingir este objectivo, um dos principais focos do Estado está voltado a Isabel dos Santos, filha do ex-Presidente José Eduardo dos Santos. Isabel dos Santos dirigiu a empresa petrolífera estatal Sonangol de 2016 até 2017, quando terminou o governo do seu pai, que durou quatro décadas.

    Os representantes de Isabel dos Santos, que vivem fora de Angola, não responderam a um pedido de comentários da Reuters.

    Sede da Sonangol em Luanda.
    (DR)

    “É tudo corrupção”
    A participação de 6% da Galp pertence à Exem – que é acionista de 40% da Esperaza, holding, da qual a Sonangol detém 40%. A Esperaza detém 40% da Amorim Energia, que é a principal acionista da Galp Energia, com 33,34%.

    A empresária nega qualquer ligação com a holding holandesa Exem, que está no centro da polémica, e diz ter sido propriedade do seu falecido marido, Sindica Dokolo. Isabel dos Santos também rejeita as acusações e diz enfrentar uma caça às bruxas por parte do governo de Angola.

    Os representantes da Exem não responderam aos pedidos de entrevista da Reuters. A consultora de direito Van Doorne, que representa o Exem no processo, também não respondeu a um pedido de comentários sobre o tema.

    A queixa da Sonangol deverá ter audiência na última semana de maio no tribunal de recurso de Amesterdão. Os advogados da estatal angolana argumentarão que a participação da Exem foi adquirida através de desvio de fundos e lavagem de dinheiro.

    “É tudo corrupção. A [Exem] deve-nos as ações, a participação indireta na Galp, porque é roubo. É ilegal, por isso tem de a pagar”, disse o advogado Emmanuel Gaillard.

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