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    Igrejas ilegais em julgamento

    O Tribunal Provincial do Namibe notificou, na semana passada, 19 igrejas e seitas religiosas ilegais na província, por prática de cultos clandestinos, celebrados em quintais e no interior de moradias, disse ontem ao Jornal de Angola a directora provincial da Cultura, Euracema Rodrigues.

    A notificação resultou de uma queixa apresentada pela instituição que dirige contra as 19 igrejas e seitas religiosas, que exercem a actividade de culto sem estarem reconhecidas pelas autoridades competentes locais. Das 19 instituições religiosas notificas, de acordo com Euracema Rodrigues, apenas sete comparecem junto do Tribunal Provincial do Namibe, que, depois de as ouvir, vai proferir uma sentença no dia 12 de Dezembro.

    A directora da Cultura frisou que os ausentes devem justificar por escrito os motivos da não comparência, já que todas receberam a notificação emitida pelo Tribunal.
    Entre as igrejas que não compareceram à chamada do Tribunal estão a Igreja Mundial, a Josafat, a Igreja Evangélica dos Cristãos Unidos de Angola, a Igreja Cristã Evangélica Solidária em Angola, a Igreja Pregação Cristã em Angola e a Igreja Jesus Cristo na Cruz.

    São ainda consideradas ilegais as igrejas Mensagem do Último Tempo, Jesus Cristo Salvador, Espiritual da Cura Divina e Igreja Profética Vencedora no Mundo. Na lista das ilegais estão também as igrejas Evangélica Pentecostal Jesus é Salvador, Reformada de Angola, Assembleia de Deus Ministério de Belém, a Igreja Cristã Internacional em Angola, Pentecostal Proclamação da Força de Deus no Mundo, a Igreja Cristã Evangélica Pentecostal Independente em Angola, Presbiteriana de Angola, Missão Evangélica Tabernáculo de Deus, Ministério da Vitória do Exercito Cristão, a Organização Cristã para Igreja do Futuro e Convenção Evangélica Pentecostal Independente em Angola.

    A directora alertou as autoridades judiciais e a população que nenhuma destas denominações religiosas tem autorização para pregar o Evangelho. A directora provincial da Cultura referiu ser também bíblico que as igrejas devem obediência às autoridades. A responsável pela área da Cultura no Namibe defendeu que se deve fazer uma análise profunda dos factores económicos, políticos e culturais que estão na base da proliferação de seitas religiosas em Angola. “Hoje, muita gente vê a igreja como um negócio, o que não pode ser”, sublinhou Euracema Rodrigues. A directora da Cultura lançou uma crítica à actuação de certas igrejas, que exercem a actividade de curandeiros, acabando mesmo por internar pacientes, o que, no seu entender, transcende aquilo que é a missão do Evangelho.

    Fonte: JA

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