O apóstolo da Igreja Bom Deus, Simão Lutumba, considerou nesta sexta-feira, em Luanda, o feitiço como um fenómeno que tem desestruturado diversas famílias angolanas.
O missionário, que falava na abertura da campanha de evangelização, que decorre de 18 a 20 deste mês, no Estádio Nacional da Cidadela, frisou que o feiticismo reveste-se de confissões e práticas malignas divididas em traumas, vinganças e isolamento de indivíduos no convívio social.
Segundo o apóstolo Simão Lutumba, em Angola, este fenómeno está a ser bastante acentuado, tendo um poder aniquilador.
“Esta problemática está presente em todos os lares, pois muitas pessoas vão a quimbandeiros e curandeiros para identificar as causas dos seus problemas”, acrescentou.
De acordo com apóstolo Simão Lutumba, o feitiço “paralisa a vida dos cidadãos”, dificultando o desenvolvimento de qualquer sociedade.
Fez saber que, neste relato, as crianças, nos últimos tempos, têm sido as mais acusadas desta prática e, por esta razão, muitas delas têm sofrido actos de violência e de morte.
Afirmou que as crianças são acusadas de feiticeiras, quando na realidade não o são, o que, na sua opinião, privatiza-as
de todo e qualquer sucesso social.
A seu ver, uma das grandes razões da existência do feitiço é a pobreza, o apego à tradição, a promoção nos empregos, procura de saúde, o desejo de morte de alguém.
Salientou que o governo e as Igrejas devem trabalhar afincadamente com as famílias, alertando-as sobre os perigos desta prática e impedindo-as de recorrer aos curandeiros.
Estiveram no acto, o presidente do Fórum Cristão Angolano (FCA), Luís Nguimbi, o bispo da Igreja Tocoista, dom Afonso Nunes, a líder espiritual da Igreja Teosófica Espírita, profetiza Suzete João, membros do Executivo, sociedade civil, responsáveis nacionais e internacionais da Igreja Bom Deus, diferentes individualidades, além de, sensivelmente, 5 mil fiéis. (portalangop.co.ao)