A província do Huambo, no centro sul do país, perdeu nos últimos 17 anos quase metade da sua cobertura florestal nativa, por causa do abate de árvores para produção agrícola e carvão vegetal.
Segundo a Angop, o facto foi tornado público, hoje, nesta região, pelo chefe do departamento do Instituto de Desenvolvimento Florestal, Amaro Gime Bulica, no workshop realizado pela Faculdade de Ciências Agrárias, em alusão ao Dia Internacional da Floresta e da Árvore.
Desde 2002, segundo informou, 38 por cento do total de florestas nativas desapareceu, apontando os municípios do Bailundo, Mungo, Ucuma, Longonjo e Chicala-Cholohanga como os que mais têm sofrido perdas de árvores nativas.
Admitiu que tal situação obriga o redobrar das acções de fiscalização, para impedir que mais florestas naturais, cujas espécies dificilmente podem ser repovoadas, sejam abatidas.
Disse que a acção dos camponeses e carvoeiros, em abater árvores, está a ter impacto negativo na vida animal, com o desaparecimento de muitas espécies que tinham como habitat as florestas nativas.
Amaro Gime Bulica lembrou que entre 1975 a 2002 a província do Huambo tinha perdido 28 por cento da sua cobertura florestal nativa, pelos mesmos motivos, menos 10 por cento que nestes últimos 17 anos.