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    Hoje é Dia Mundial de Conscientização sobre o Albinismo

    Pela quarta vez, celebra-se hoje, 13 de Junho, o Dia Mundial de Consonantização sobre o Albinismo, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU).

    Proclamada em Dezembro de 2014 pela Assembleia Geral da organização mundial, a efeméride tem como objectivo chamar a atenção para o estigma e a violência que as pessoas com albinismo enfrentam.

    A divulgação de informações sobre o albinismo, com vista a evitar a discriminação, combatendo ao mesmo tempo a sua perseguição é igualmente objectivo da comemoração da data.

    O que é o albinismo?

    O albinismo é uma anomalia pigmentar que leva a uma cor de pele, de pelos e de olhos muita clara. Devido a factores genéticos (aos genes recessivos dos pais), no albinismo ocorre a ausência total de pigmentação na pele, sistema piloso e íris.

    O albinismo não é considerado uma doença, mas podem surgir problemas na visão e haver mais risco de cancro da pele nos albinos.

    Atrocidades

    Segundo a ONU, as pessoas com albinismo frequentemente lhes é dificultado o acesso adequado a cuidados de saúde, apesar da condição poder prejudicar a sua visão e aumentar a chance de cancro de pele.

    A falha em acomodar esta deficiência visual, assim como combater a zombaria e o abuso, pode forçá-los a abandonar a escola. Agravado pela ampla rejeição social, isso poderia resultar em desemprego, isolamento e pobreza ao longo da vida.

    Em algumas partes do mundo, pessoas com albinismo têm sofrido “atrocidades horríveis e, às vezes, letais”.

    Activistas da sociedade civil consideram que centenas de pessoas com albinismo, a maioria crianças, são atacadas, mortas ou mutiladas em pelo menos 25 países.

    O motivo é a crença de que partes do seu corpo conferem poderes mágicos, mas, em muitos casos, sem confirmações documentais, por causa do isolamento das vítimas, o segredo que envolve os rituais e a indiferença.

    Contudo, segundo a ONU, em África o albinismo é mais frequente e problemático, pois são atacados por pessoas (feiticeiros ou curandeiros), que se apropriam dos seus órgãos e vendem ou utilizam em actos rituais.

    ONU quer eliminar a violência

    Para eliminar todas as formas de violência enfrentadas por essas pessoas, especialistas independentes das Nações Unidas solicitam aos países africanos, a implementação de um plano de acção regional para pôr fim aos ataques discriminatórios.

    “O plano estabelece claramente o que os Estados podem fazer, por exemplo, educar a população, colectar dados e pesquisar as causas da violência”, afirmou a especialista independente da ONU para os direitos humanos de pessoas com albinismo, Ikponwosa Ero, a propósito da data.

    A acção regional para acabar com ataques às pessoas com albinismo na África, a primeira iniciativa conjunta desse tipo, foi recentemente recomendada pela Comissão Africana sobre Direitos Humanos e dos Povos e inclui 15 passos práticos esperados para enfrentar esse desafio persistente e mortal.

    “A cooperação internacional será um ponto crucial na longa batalha para acabar com a discriminação de pessoas com albinismo, algumas das quais continuam sendo assassinadas”, acrescentou Ero.

    De acordo com um relatório da agência de direitos humanos da ONU, o plano de ação tem como foco garantir responsabilidade, apoiar as vítimas e usar marcos jurídicos e políticos para dissuadir práticas de feitiçaria e tráfico de membros do corpo.

    “Não podemos subestimar a importância da acção conjunta. (…) Avançamos juntos, com uma esperança renovada inspirada no princípio de ‘não deixar ninguém para trás’, que é o cerne da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, disso, Ikponwosa Erro.

    Ressaltou que o “ciclo de ataques, discriminação e pobreza deve ser quebrado” e pediu que “todos reconheçam que direitos humanos se aplicam a todas as pessoas em todos os lugares, incluindo indivíduos com albinismo”.

    Angola existem entidades colectivas e individuais públicas e privadas que lutam pela valorização da pessoa albina.

    Integram o movimento nascente em prol ao albinismo, a Associação de Apoio de Albinos de Angola (4AS), o Grupo de Contactos em prol do Albinismo, o Grupo de Voluntários de Apoio aos Albinos de Angola (GVAPAA) e o Colégio Angolano de Dermatologia (CADV). (Angop)

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