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    Há dinheiro nos multicaixas de Porto-Amboim

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    Standard Bank Angola (SBA) é o mais recente operador comercial instalado o que eleva para 12 o número de balcões disponíveis para atender a demanda que se regista numa cidade onde a luz eléctrica sinaliza o desenvolvimento.

    O fim-de-semana nem sempre é agi­tado, mas tam­bém não se revela calmo, a julgar pelo dia-a-dia da simples cidade de Porto-Amboim (PA), na província do Kwanza-Sul.

    A actividade comercial cresce. À semelhança dos bancos comer­ciais que se instalam na cidade do antigo porto do Amboim-Gabela, as superfícies comerciais também acompanham este enorme movi­mento financeiro. Lá estão insta­lados a Shoprite e a Maxi.

    Na combinação entre o movi­mento das kupapatas, que sobem e descem com todo o tipo de pas­sageiros e carga, os veículos que fazem o trânsito automóvel na liga­ção Luanda-Sumbe-Benguela agi­tam o ambiente da cidade.

    O que está mesmo agitado em Porto-Amboim (PA) é o mar. As intensas ondas, que em semanas anteriores invadiram bairros e habitações, deixando desalojados e prejuízos materiais, contras­tam com o peixe e os mariscos que já começam a surgir para felicidade de quem faz da pesca o seu ganha-pão e do mar a sua oficina de trabalho.

    Mas é também no mar onde está uma grua gigante, apeli­dada como a maior de África, no palco das operações da petrolí­fera Paenal. Homens e máqui­nas movimentam-se a toda a velocidade de cima a baixo, com fatos-macacos laranjas e capa­cetes de protecção na cabeça. A actividade petrolífera acompa­nha o crescimento económico da cidade e devolve a dignidade dos citadinos, uns natos, outros oriundos, mas que têm orgulho do seu “habitat”.

    A nossa reportagem, tratan­do-se de um fim-de-semana, aproveitou visitar as agências ban­cárias fixadas nas duas principais ruas da cidade, no caso a Saydi Mingas e a José Sabino. Claro que o cenário exterior eram agentes de segurança rigorosamente trajados e armados, portas com a placa de inscrição encerrado nuns e fechado noutros, mas ao contrário do que é comum em muitas cidades, em Porto-Amboim as caixas electró­nicas, vulgo multicaixas, piscam incensamente a luz verde.

    “Há dinheiro”, disse o guarda quando nos aproximamos da cabine confortável que guarda a caixa electrónica da única agên­cia do Banco de Comércio e Indús­tria (BCI) nesta cidade.

    O cenário não foi diferente no Banco Internacional de Crédito (BIC). Dinheiro, papel e sistema disponíveis.

    Nos balcões dos bancos Keve (BRK), o único que em PA tem duas agências, de Negócios Internacio­nal (BNI), Comercial Angolano (BCA), de Fomento Angola (BFA), Millennium Angola (BMA), de Pou­pança e Crédito (BPC), Angolano de Investimentos (BAI), em todos a convergência é a existência de dinheiro, papel e sistema.

    Ao contrário de outras vezes em que passamos pela cidade, desta, a luz pareceu-nos ser um problema do passado. O sistema Sul da linha de trans­porte de Cambambe que leva electricidade para a Gabela, município de Amboím, está regulado, salvo raras vezes em que se efectuam inter­rupções para manutenção, a cidade é abastecida por gru­pos geradores instalados pelo governo da província.

    Um grupo de jovens provenien­tes de Luanda está na cidade de PA ou como também a designam o Poló para visitar parentes e des­cansar da intensa semana de tra­balho na capital. Nos multicaixas buscam por dinheiro papel, aliás o que também chama a atenção é o baixo uso dos terminais de paga­mentos automatizados (TPA), que valorizam o dinheiro plástico (car­tões multicaixas).

    Ana Francisco disse ser impres­sionante a existência de bancos na cidade e a disponibilidade de dinheiro, uma vez tratar-se de fim–de-semana e ao facto de PA ser uma cidade de ligação para as turísticas Sumbe, Lobito e Benguela.

    A funcionária pública recor­reu ao multicaixa por ter necessi­dade de ir ao mercado do Parque, principal ponto de concentração dos produtos do campo, para efec­tuar compras desses bens essen­ciais à alimentação humana.

    Por seu lado, a jovem Celsa Ernesto Prazeres, professora, tam­bém proveniente de Luanda, diz-se admirada com o crescimento, nos últimos tempos, de bancos e de outros espaços comerciais, apesar de as ruas clamarem pela inter­venção de quem de direito. (Jornal de Economia & Finanças)

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