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    Governo vai subir preço dos combustíveis

    Em declarações à imprensa, o Presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Sebastião Pai Querido Gaspar Martins, que substituiu no cargo Carlos Saturnino, exonerado na quarta-feira pelo Presidente angolano, disse que as prioridades estão definidas, sendo o programa de regeneração da empresa a garantia para que o “core business’ da petrolífera estatal seja “explorar, produzir, distribuir, refinar petróleo bruto e gás para a sociedade”.

    “Acabamos de ouvir as palavras do Presidente da República, que definiu claramente as preocupações do executivo e que têm de ser também as preocupações deste novo Conselho de Administração, que têm a ver com a garantia de abastecimento de produtos refinados ao país e, ao mesmo tempo, ter a certeza que este produto se mantém contínuo, o que passa pela construção das refinarias que fazem parte da nossa atividade”, referiu.

    De acordo com a Lusa, relativamente aos subsídios dos combustíveis pelo Estado, Sebastião Martins disse que há um trabalho conjunto com vista a analisar até que ponto podem “ser aligeirados”, tendo em conta que “a empresa tem estado, de facto, numa situação em que a parte dos subsídios pesa bastante na tesouraria”.

    Questionado sobre se haverá aumento do preço dos combustíveis, o presidente do Conselho de Administração da Sonangol não avançou quando se vai verificar, comentando apenas que há um trabalho conjunto de concertação, “de modo a que todos se sintam satisfeitos”.

    “O certo é que tem de ser um preço que satisfaça de modo financeiro os cofres do Estado, mas que também faça com que a população não seja penalizada”, realçou.

    Sobre a escassez de combustível, o responsável disse estar a ser ultrapassada, afirmando que “há stock suficiente” e que as longas filas nos postos de abastecimento que ainda se verificam são “apenas uma questão de tempo”.

    “O que acontece neste momento é o efeito que normalmente sucede logo a seguir a questões de stock reduzido. Mas, como estamos numa fase em que o produto existe e o fornecimento aos postos de abastecimento também está a ocorrer, é apenas uma questão de tempo. Rapidamente estará debelado”, referiu.

    As mudanças de João Lourenço na administração da Sonangol aconteceram na sequência da crise de combustíveis que está a afectar Angola desde sexta-feira passada, que levou a uma escassez de gasolina e gasóleo em todo o país, face a alegadas dificuldades da petrolífera estatal angolana em importar o produto por falta de divisas.

    Na terça-feira, após uma reunião que João Lourenço manteve com a equipa económica do Governo e com a administração da Sonangol, um comunicado da Casa Civil do Presidente de Angola indicou que a falta de diálogo entre a petrolífera estatal e o Governo “contribuiu negativamente” para o processo de importação de combustíveis e consequente escassez do produto no mercado em todo o país.

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