O Ministério da Economia e Planeamento lançou hoje, no Lubango, província da Huíla, o Programa de Fortalecimento da Resiliência, Seguridade Alimentar e Nutricional em Angola (FREZAN), que visa erradicar a fome no País.
Para o alcance das metas de erradicação da pobreza, o programa prevê uma agricultura mais inclusiva, rentável e sustentável, para melhorar as oportunidades de emprego no meio rural.
Na ocasião, o ministro da Economia e Planeamento, Pedro Luís da Fonseca, considerou que a segurança alimentar e nutrição consiste em assegurar que as populações tenham mais alimentos suficientes, acessíveis e nutritivos.
Referiu que o alcance desta meta exige a conjugação de uma série de sinergias.
Disse que esse projecto oferece também oportunidades de incrementar as capacidades operacionais para os colaboradores, pessoal técnico das instituições públicas envolvidas, nomeadamente, o Ministério da Agricultura, Ambiente e governos provinciais, assim como da inclusão dos conhecimentos dos investigadores, académicos e estudantes de universidades e centros de investigação nas áreas da agricultura, segurança alimentar e nutricional.
Por sua vez, o embaixador da União Europeia em Angola, Thomas Ulicny, disse que a organização vai disponibilizar até 2020, pelo menos 3,5 mil milhões de euros visando apoiar o programa nutricional.
Segundo ele, o compromisso financeiro da UE em relação à nutrição atingiu 790 milhões de euros em 2017, para o apoio ao desenvolvimento e crescimento económico de África, por constituir parte essencial da sua politica externa.
“A UE é o principal agente de desenvolvimento em matéria de segurança alimentar e nutricional no mundo, proporcionando apoio politico e financeiro substancial”, – disse.
O lançamento do FREZAN permitirá às famílias camponesas melhorar as suas culturas agrícolas, aumentar a sua disponibilidade de alimentos para que se tornem cada vez mais intervenientes e activos na economia angolana.
Estima-se que mais de um milhão de pessoas estão afectadas pela estiagem no sul do país, como consequência da baixa produção alimentar.
Na ocasião, a vice-governadora da Huíla para o sector político, social e económico, Maria João Chipalavela, referiu que a implementação do programa lançado deve obedecer a cobertura geográfica e componentes múltiplas para dar resposta a seca na região sul do país, nomeadamente Huíla, Namibe e Cunene.
Esta acção, acrescentou contribuirá, igualmente para a capacitação de quadros técnicos do governo dos diferentes sectores bem como da sociedade civil, para melhor apoiar as comunidades rurais incluindo a contribuição para o aumento da sua resiliência aos efeitos já bem sentidos das alterações climatéricas.
Alertou que, pela sua dimensão financeira, duração e cobertura geográfica, o FREZAN deverá contribuir para o apoio ao desenvolvimento a curto e médio prazo das dezenas de milhares de famílias rurais e suas comunidades, as quais, viram os seus meios de vida a degradar-se e a sua vulnerabilidade a incrementar derivada da seca.
Afirmou que o trabalho de pesquisa foi efectuado pelos especialistas, como representantes governamentais de sectores ministeriais e de Protecção Civil Nacional e Provincial com apoio das Nações Unidas, Banco Mundial e da União Europeia. (Angop)