O governador de Luanda, Graciano Domingos, disse hoje, terça-feira, que a falta de triagem a partir dos postos médicos tem sido a causa do deficiente atendimento nos hospitais nacionais.
O governador prestou estas declarações à imprensa depois da entrega do Mercado Provincial de Venda de Pescado e da inauguração da primeira fase de ampliação do Hospital Municipal do Zango II na companhia do secretário de Estado da Saúde, Carlos Alberto Masseca.
De acordo com o governador, sucede por vezes que todos se dirigem aos hospitais províncias e nacionais, sobrecarregando estas unidades, e isto provoca um atendimento deficiente, mas se houver triagem a partir do posto medico, evacuando apenas os casos mais graves para os níveis imediatamente superiores o atendimento será melhor.
“ A urbanização cresceu bastante e a abertura deste hospital municipal vai ajudar para que a população se desloque menos para outras unidades hospitalares. Se nós tivermos a cadeia da saúde a funcionar, nós teremos um melhor atendimento”, afirmou.
Fazendo referência ao Mercado Provincial de Venda de Pescado entregue hoje, Graciano Domingos afirmou que o objectivo é que haja uma praça abastecedora para que as vendedoras consigam adquirir o peixe em melhores condições e possam também vende-lo à população em condições de salubridade desejável.
Questionado sobre a produção de resíduos no mercado, o governador aconselhou as vendedoras a cuidarem do lixo que produzirem. “Isto é, todos aqueles que vendem nos mercados deviam também, no fim do dia, preocupar-se com a recolha, o que acontece é que as pessoas fazem o negócio e se desresponsabilizam totalmente, fazendo com que o lixo seja apenas um problema da administração”.
Acho, prosseguiu o governante, que devemos todos colaborar porque o lixo é um problema de todos, pois se nos organizarmos e incorporarmos a limpeza e a higiene nos nossos hábitos e costumes nós vamos ter uma Luanda melhor.
Graciano Domingos reconheceu que o lixo é um grande desafio para o GPL e que o Governo de Luanda tem algumas dificuldades em termos de recursos, mas acredita que em Janeiro um novo programa, que esta a ser orientado superiormente, vai melhorar a situação.
“ Neste momento pedimos que a população colabore quer com administração quer com Governo de Luanda, realizando campanhas de trabalho voluntários para que a situação não se agrave”, apelou.
Quanto ao município da Quiçama que foi assolado por fortes chuvas e conta com centenas de famílias desabrigadas, o governador afirmou que o GPL trabalhou com responsáveis da Protecção Civil e Bombeiros para fazer o levantamento e então realizar o atendimento desta população.
Em matéria de assistência às populações no caso de sinistro, o GPL esta organizado a nível municipal, provincial e o nacional. Sempre que se registe uma situação de calamidade, a administração acciona a Protecção Civil do município e em caso de incapacidade acciona o provincial e este o SPCB nacional, esclareceu. (ANGOP)