O Presidente do Ghana, Nana Akufo-Addo, afirmou hoje, em Luanda, que o seu país está pronto para criar parcerias bilaterais com Angola e intensificar a cooperação nos vários domínios, escreve a Angop.
Ao intervir na abertura das conversações oficiais, no quadro da sua visita de 48 horas a Angola, o estadista ganense sugeriu o incremento dos laços de cooperação entre os empresários dos dois países.
Nana Akufo-Addo disse pretender, com essa intenção, reforçar o processo de integração continental, relativo à Zona de Livre Comércio, lançado em 2018.
Angola e Ghana assinaram, em 2010, dois instrumentos jurídicos de cooperação bilateral: o Acordo Geral de Cooperação Económica, Científica, Técnica e Cultural e o Memorando de Entendimento sobre Consultas Permanentes entre os Ministérios das Relações Exteriores de ambos os estados.
Na vertente política, diplomática e económica, o Presidente do Ghana frisou que, desde que foram estabelecidas as relações diplomáticas, em 1976, pouco foi feito para reforçar os laços entre as duas nações.
Na sua visão, a visita a Angola constitui um grande indicador para começar uma nova era na cooperação e explorar ainda mais a possibilidade do seu reforço, para benefício dos povos de ambos os países.
A propósito, sugeriu uma nova cooperação com Angola voltada para os sectores da agricultura, educação, infra-estruturas, energia, agricultura, ciência e tecnologia, petróleo, gás e coordenação na exploração dos recursos naturais.
Noutro domínio, agradeceu o apoio de Angola à eleição do seu país como sede do secretariado do Acordo de Livre Comércio Africano, ocorrida durante a Cimeira dos Chefes de Estado da União Africana, em Julho último, em Niamey.
Antes de intervir no Palácio Presidencial, Nana Akufo-Addo visitou o Memorial António Agostinho Neto (MAAN), onde homenageou o Herói Nacional e constatou vários aspectos da vida e obra do primeiro Presidente de Angola.
No livro de honra, o Chefe de Estado do Ghana considerou Agostinho Neto como “um grande angolano e um grande africano”, que viveu para a libertação total do continente.