RFI
“Vamos reconstruir” a sé catedral de Paris, prometeu Emmanuel Macron, presidente francês. O chefe de Estado deslocou-se ao local, o monumento mais visitado da Europa, devastado por um importante incêndio que implicou a queda da torre central do prédio. “O pior foi evitado” afiançou o líder francês.
A reconstrução da sé catedral de Paris será feita com base numa mobilização nacional de fundos e recorrendo a talentos do mundo inteiro, prometeu Emmanuel Macron.
“A fachada e as duas torres principais não ruiram” explicou o chefe de Estado francês admitindo a emoção criada em torno do incêndio deste emblemático prédio de mais de 800 anos.
A estrutura da catedral foi salva, afiançam os bombeiros que continuavam, porém, a lutar contra as chamas à meia noite local (22 horas TMG).
Macron realçou que se tratou de um “drama terrível” de um edifício que é “o epicentro da nossa vida”.
“Esta história é a nossa, ora ela está a arder, sei a tristeza que isso implica, este tremor interior sentido por tantos compatriotas”, acrescentou Macron.
A sé catedral de Paris faz parte do património mundial da UNESCO desde 1991, o reitor, Patrick Chauvet, alega que o tesouro teria ficado a salvo: o cálice, a coroa de espinhos, a túnica de São Luís foram postos a salvo.
O arcebispo de Paris, Monsenhor Michel Aupetit, recebeu no local o abraço de Emmanuel Macron, presidente francês.
Uma homenagem foi prestada ao esforço dos bombeiros que enfrentando temperaturas de 800 graus no interior do edifício não pouparam esforços para controlar o incêndio.
Uma oração espontânea foi organizada junto à sé catedral na Praça Saint Michel.
As imagens do incêndio de Notre Dame correram mundo e foram múltiplas as mensagens de solidariedade que afluíram de todo o planeta perante o drama ocorrido na ilha parisiense de Cité, no centro da capital francesa, onde está edificada a sé catedral.
No adro da sé de Paris encontra-se o ponto 0 de todas as estradas de França, facto que ilustra a importância incomparável do edifício no imaginário nacional.