De 15 a 19 de janeiro, centenas de participantes, incluindo 60 chefes de estado e de governo, 40 ministros das finanças, 16 governadores de bancos centrais, cerca de 1600 executivos empresariais e centenas de representantes da sociedade civil reunir-se-ão na estância montanhosa suíça de Davos para o Fórum Económico Mundial, num momento de crescentes tensões geopolíticas e geoeconómicas globais.
Esta é a década das oportunidades perdidas, como classificou o Banco Mundial ao apresentar terça-feira as suas previsões económicas para 2024 e 2025.
Mas é também a década em que o mundo se propõe alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, definidos no quadro das Nações Unidas em 2015 com metas ambiciosas para 2030, e em que se sente cada vez mais a necessidade de acelerar a transição energética e a descarbonização da economia mundial para salvar o planeta.
O desafio do Fórum será como colmatar a lacuna entre os objetivos ambiciosos para 2030 e o crescimento anémico resultante da crescente fragmentação da globalização. A resposta dos organizadores do Fórum para colmatar a lacuna é “Reconstruir a confiança”.
“Reconstruir a confiança” é o tema da reunião de líderes empresariais e políticos – “uma resposta direta à erosão da confiança que é evidente nas sociedades e entre as nações”, disse o diretor-gerente do Fórum, Mirek Dusek, aos repórteres num briefing online na terça-feira.
Alguns poderão ligar directamente esse desgaste às “profundas transformações que nos rodeiam, sejam elas geopolíticas, geoeconómicas ou relacionadas com o clima e a natureza”, disse ele.
A reunião centrar-se-á no “diálogo”, disse Dusek, porque é indiscutivelmente o “agudo subinvestimento no diálogo que nos levou à depressão geopolítica” de hoje. O diálogo deverá centrar-se em questões relacionadas com a segurança mundial, a economia, o comércio, as alterações climáticas e a transição energética, bem como no impacto da inteligência artificial nas economias e no emprego.
Por José Correia Nunes
Director Executivo Portal de Angola