Finlândia e Áustria relançam o debate sobre o desmoronamento da zona euro.
Numa entrevista a um jornal britânico, o ministro finlandês dos Negócios Estrangeiros, Erkki Tuomioja, defende a preparação de planos para o colapso da zona euro e diz que já existem no seu país. Na Áustria, foi Michael Spindelegger, vice-chanceler e chefe da diplomacia, que pediu a criação de um mecanismo para expulsar países da zona euro, evocando o apoio de alguns parceiros do norte.
As palavras incomodaram as respetivas capitais. Viena e Helsínquia apressaram-se a reiterar o apoio total ao euro.
Na Finlândia é cada vez maior a oposição aos planos de resgate, devido à deterioração económica do país.
A economia finlandesa desacelerou. No segundo trimestre cresceu 0,6% contra mais de 1% no final de 2011. Já no conjunto da zona euro o crescimento foi negativo entre abril e junho.
A dívida pública finlandesa é de 48,7% do PIB, enquanto o valor médio na zona euro é superior a 88%.
A Finlândia olha para os países vizinhos, como a Suécia, que não integra o euro e cresceu mais de um por cento entre abril e junho.
A Finlândia é um dos poucos países europeus a manter a nota de triplo A, com perspetiva estável, mas a fatura da crise chega aos bolsos dos contribuintes. O governo finlandês quer aumentar os impostos para impedir que a ajuda aos países em dificuldades faça aumentar o défice.
E no final o debate finlandês e austríacos vem alimentar receios que a Alemanha parece querer acalmar.
Fonte: JA