O banco emprestou 599,6 mil milhões Kz à economia, dos quais 322,9 milhões Kz são de dívida pública. Lucros do banco aumentam em 20% face a 2012. Seguros e fundo de pensões vão engordar carteira de negócios do grupo liderado por Fernando Teles.
Mais da metade do crédito concedido à economia pelo BIC no ano passado foi destinado ao Estado, ou seja, dívida pública, de acordo com folha síntese da actividade da instituição financeira divulgada em conferência de imprensa na semana passada.
O banco fechou o ano passado com um stock de crédito à economia de 599,6 milhões Kz, representando um aumento de 15,4% face aos 519,6 milhões Kz de 2012. Mais da metade do dinheiro disponibilizado para o financiamento da economia nacional corresponde a dívida pública.
Os restantes 276,7 milhões Kz dizem, sobretudo, respeito a empréstimos a empresas particulares. Em 2013, os lucros do BIC cresceram 19,7%, ao saírem de 16,8 mil milhões Kz (168 milhões USD) em 2012, para 20,1 mil milhões Kz (201,2 milhões USD.
Fernandes Teles, presidente do conselho de administração do banco, que falava à imprensa na cerimónia de apresentação das contas do BIC, queixou-se do “alto nível de crédito” malparado no BIC, mas salientou que as provisões para coberturas do malparado ascendem a mais de 100% do valor em incumprimento. “Não vou esconder que há clientes que, se não andarmos atrás dele, acabam pensando que o dinheiro que o banco emprestou não é para pagar”, ironizou, apontando para as novas estratégias de cobrança da dívida dos clientes.
Ao falar da estratégia e do plano de negócios, o gestor do segundo maior banco angolano em termos de lucro adiantou que a política da instituição para os próximos anos passa em abrir escritórios no Zimbabué e na República Democrática do Congo, além do lançamento do BIC Seguros e fundo de pensões, com um investimento de 10 milhões USD.
O sector da agricultura vai ter também maior atenção da instituição financeira liderada por Fernando Teles. (expansao.ao)
