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    Estabilidade do mercado dos alimentos passa por investimentos na agricultura

    Refeições saudáveis e regulares estão a faltar sobre a mesa de milhões de pessoas

    O representante em Angola da Organização da ONU para a Alimentação e Agricultura (FAO) afirmou ontem em Luanda que a estabilidade do mercado de produtos alimentares passa por um maior investimento na agricultura, em particular nos países em desenvolvimento. Mamoudou Diallo, que fazia a leitura de uma mensagem do director-geral da FAO, na presença de vários órgãos de Comunicação Social, públicos e privados, frisou que, nos países em desenvolvimento, vivem 98 por cento das pessoas que padecem de fome.
    Nesses países, acrescentou, é necessário que a produção de alimentos se duplique até ao ano 2050, para que uma população mais numerosa possa alimentar-se segundo as suas necessidades.
    Mamoudou Diallo defendeu que, por ocasião do Dia Mundial da Alimentação, que se assinala domingo, “devemos analisar seriamente as causas da flutuação dos preços dos alimentos e reflectir sobre o que se deve fazer a nível nacional, regional e mundial, para se reduzirem os seus efeitos sobre a segurança alimentar de cerca de mil milhões de pessoas que não têm o suficiente para se alimentar”.
    Para que se atenuem as repercussões da instabilidade dos preços nos pobres – lê-se no documento – “os dispositivos nacionais ou regionais de protecção social, se necessário com reservas alimentares de emergência, podem contribuir para assegurar um aprovisionamento alimentar às pessoas mais carentes durante as crises”.
    A FAO, adianta o documento do seu director-geral, defende que uma melhor coordenação das políticas em matéria de comércio internacional de produtos alimentares pode estabilizar os preços, contribuindo para assegurar uma boa circulação das mercadorias.

    Mercado tenso

    Esta agência especializada das Nações Unidas afirma-se favorável à eliminação das subvenções agrícolas nos países ricos que têm efeitos de distorção sobre o comércio.
    “Se quisermos atacar seriamente o problema da fome no mundo, é necessário que nos apliquemos a fundo na luta contra estas flutuações”, diz a mensagem do director-geral da FAO, lido pelo seu representante em Angola.
    A FAO reconhece que o mercado mundial de géneros alimentícios está tenso, já que a oferta apenas consegue seguir a procura e as reservas nunca chegaram a estar tão baixas. A situação agrava-se ainda mais pelo facto de as secas e as inundações que atingem as principais regiões produtoras exercerem novas pressões sobre os preços.
    O documento da agência especializada das Nações Unidas, publicado em todo o mundo, por ocasião do Dia Mundial da Alimentação, relata que, com 80 milhões de crianças que nascem por ano, a procura de comida não pára de crescer.

     

    André dos Anjos

    Fonte: Jornal de Angola

    Fotografia: AFP

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