Cerca de 30 empresas de publicidade e marketing pagaram, só no mês de Fevereiro, multas totalmente cifradas em 10 milhões de kwanzas, por infringirem os regulamentos sobre a afixação de anúncios, revelou, sexta-feira, o director nacional de Publicidade, um serviço afecto ao Ministério das Telecomunicações, Tecnologia de Informação e Comunicação Social.
José Cuato indicou, no 1º Encontro Nacional de Publicidade, realizado em Luanda, que as maiores contravenções foram registadas em anúncios de bebidas alcoólicas, casinos e jogos da fortuna e azar fixados em outdoors. Segundo o director nacional de Publicidade, as empresas foram multadas por colocarem placas publicitárias defronte a cemitérios, escolas e igrejas, em total desrespeito pelo regulamento vigente no país.
José Cuato notou que o encontro com as operadoras de publicidade surgiu na sequência de uma solicitação da Associação das Empresas de Publicidade e Marketing para uma discussão inerente à Lei de Publicidade em vigor no país desde 2017.
O secretário de Estado da Comunicação Social, Nuno Caldas Albino “Carnaval”, chamou a atenção para a necessidade da actividade de publicidade e marketing no país ser exercida dentro das regras e padrões da lei, ética, moral e bons costumes.
Nuno “Carnaval” considerou o diálogo entre os agentes fiscalizadores, publicitários e clientes de publicidade importante para o cumprimento da lei, devendo a acção contribuir para que a classe funcione em conformidade com os princípios instituídos.
O presidente da Associação das Empresas de Publicidade e Marketing, Nuno Fernandes, defendeu a aprovação de um código de ética, fiscalização e a defesa da produção nacional, numa altura em que a indústria do ramo no país teve perdas que baixaram o valor das transacções desse mercado de 900 milhões de dólares por ano, para os actuais cerca de 39 milhões.