A empresa sul-africana Angolatas, pertencente ao grupo Nanpak (maior fabricante de embalagens em África), vai abrir uma nova linha de produção de latas em Angola, com vista a duplicar a actual capacidade, fixada em 720 milhões de latas/ano, desde 2011.
A informação foi avançada à imprensa, hoje, em Luanda, pelo seu director-geral, Tim Leafwright, acrescentando que ao abrigo da segunda fase, a par da nova linha, a sua firma (localizada em Viana) está a ampliar igualmente o armazém, tendo em vista o aumento da
produção e da procura pelo produto.
Explicou que para esta nova linha (a ser inaugurada em 2014) a empresa vai investir cerca de 25 biliões de kwanzas e que depois de instalada vai garantir mais 150 postos de trabalho a angolanos. A actual linha produz 720 milhões de latas e emprega 200 trabalhadores, maioritariamente angolanos.
O responsável referiu que a procura de bebidas enlatadas tem estado a crescer a ritmo acelerado, devido principalmente ao crescimento da economia angolana e ao aumento de rendimento disponível, além do reforço da capacidade dos produtores de bebidas no enchimento de latas.
“Devido à introdução da nova pauta aduaneira que deverá entrar em vigor em Janeiro de 2014, os direitos de importação que incide sobre os vários produtos importados, tal como cervejas e refrigerantes, aumentarão consideravelmente. E isto vai obrigar que vários exportadores tradicionais, a exemplo da Sumol, pensem em abrir fábrica em território nacional” angolano, sustentou.
O director-geral da Angolatas, que intervinha numa conferência de imprensa, de balanço de actividade da Câmara de Comércio África do Sul/Angola, disse que a Ninpak está instalada em 12 países africanos, mas que tem as Repúblicas de Angola e da África do Sul como prioritárias.
Na ocasião, Tim Leafwright referiu que a Ninpak, empresa da qual a Angolatas é filial, começou a exportar latas para Angola em 2003 até que, em 2008, decidiu investir em solo angolano, dada a oportunidade do mercado, estabilidade macroeconómica e sociopolítica do país e laços históricos entre ambos os países. (portalangop.co.ao)