O embaixador angolano em Espanha, Victor Lima, foi recebido hoje, em Madrid, por deputados da Comissão de Assuntos Exteriores do Grupo Parlamentar do Partido Popular, actualmente no poder em Espanha, a quem falou da situação de Angola.
Durante o encontro, o diplomata angolano detalhou a situação política e económica de Angola, desde a independência, processo de paz, avanço e consolidação do processo democrático até ao crescimento económico que o país regista, cujas estimativas apontam para um crescimento do PIB na ordem de 12 porcento em 2013.
“Angola tem pela Espanha uma simpatia muito especial e as relações entre os dois países desenvolvem-se harmoniosamente” – enfatizou o diplomata ao ser questionado sobre o estado actual da cooperação entre os dois países.
Victor Lima anunciou, entre outras acções relevantes, a montagem em Cabinda de um grande projecto agro-industrial, por parte de uma empresa espanhola com uma congénere local.
“A dinâmica económica e social que hoje se vive em Angola é bastante grande e o espaço para o desenvolvimento é enorme. Há lugar para todos que queiram ajudar o país a romper com as teias do subdesenvolvimento” – afirmou Victor Lima.
O embaixador destacou que Angola quer estabelecer com a Espanha acordos para impulsionar o seu desenvolvimento em áreas como a indústria, a produção de energia eléctrica, sector agro-industrial, construção civil, entre outros.
O intercâmbio comercial entre os dois países em 2011 ascendeu a 1.000 milhão de euros, que, segundo o diplomata angolano, é um valor que não corresponde ao potencial das duas economias.
Este valor tem que crescer e Espanha tem um espaço para investir em Angola – disse.
Victor Lima anunciou que empresas espanholas estão a instalar-se em Angola de onde pretendem depois alargar os seus negócios para os países fronteiriços.
Ao ser interrogado sobre o processo eleitoral autárquico, apontou a sua realização provável em 2014 e enalteceu que as autoridades angolanas estão a estudar o modelo espanhol devido a algumas semelhanças.
“Está-se acautelar as situações para que estas eleições correspondam às expectativas e garantam a unidade do país” – sublinhou.
O diplomata angolano pediu aos deputados espanhóis para que contribuam para o reforço da estabilidade de Angola de modo a que mensagens irresponsáveis não tenham sustentação, contrastando com a realidade da Angola actual.
Os deputados do PP da comissão exterior comprometeram-se a levar proximamente ao plenário do parlamento uma resolução que dê suporte legal às preocupações expostas pelo diplomata angolano.
A delegação dos deputados do Partido Popular Espanhol era composta por Carlos Aragonés, presidente da Comissão Internacional, Pablo Casado Blanco, Gema Conde Martínez, José Landaluce Calleja, Guillermo Mariscal Anaya e María Miguélez Pariente.
(portalangop.co.ao)