Os Estados Unidos anunciaram, na noite desta quarta-feira, o encerramento temporário da sua embaixada no Iémen, devido aos “recentes ataques contra os interesses ocidentais”.
Os ataques e as “informações que recebemos são suficientemente preocupantes para que tomássemos estas medidas de precaução”, informou Jen Psaki, porta-voz do Departamento de Estado. “Continuamos a avaliar a situação de segurança diariamente e a embaixada reabrirá quando for considerado adequado.”
Quando, no Verão de 2013, o Governo de Washington encerrou temporariamente as representações diplomáticas em cerca de duas dezenas de países africanos e do Médio Oriente, por motivos de segurança, a embaixada no Iémen foi a última a reabrir.Os serviços secretos norte-americanos consideram o ramo iemenita da Al-Qaeda o mais activo.
A decisão de agora encerrar a embaixada ao público foi tomada dois dias depois de, na segunda-feira, um francês ter sido morto e outro ter ficado ferido, tal como o condutor iemenita, num ataque a um carro em que seguiam, num bairro de diplomatas na capital, Sanaa. Os dois franceses trabalhavam, segundo a AFP, para uma empresa de segurança privada, a Argus Security, que tem sede em Chipre e trabalha para a missão europeia no país.
Em Abril, um diplomata alemão foi ferido quando escapava a atacantes que o tentavam raptar, perto da embaixada. Dois britânicos e um alemão foram raptados em Janeiro e Fevereiro.
Os raptos no Iémen são, por vezes, acção de islamistas radicais – que têm em seu poder um professor e um diplomata saudita – mas há casos de natureza diferente. O alemão sequestrado no início do ano foi raptado por uma tribo que reclama a libertação de dois dos seus membros presos em Sanaa. (publico.pt)