Luanda – O músico Eddy Tussa, artista que se tem despontado no music hall nacional com a interpretação de temas que marcaram as décadas de 1970 e 1980, foi hoje a maior atracção do programa Muzongué da Tradição, ocorrida no Centro Cultural e Recreativo Kilamba, em Luanda.
O jovem músico, que foi acompanhado instrumentalmente pela Banda Maravilha, deixou em palco a versão de músicas como “Kicola” (original dos Jovens do Prenda), Givunda, cuja autoria é de Miró Ribas.
Misturando música, dança e um pouco de conversa com o público, Eddy Tussa teve, não só a ousadia de roubar o momento a Calabeto, como também mostrou que a sua aposta na interpretação de temas de “velhas” glorias do semba tem dado frutos e é para manter.
Como que inspirado em Calabeto, artista que momentos antes havia passado pelo mesmo palco, Eddy Tussa soltou as cordas vocais e deu assas a imaginação, levando os fãs a “invadirem” a pista de dança do Kilamba que mais parecia um pequeno quintal de tanto público apinhado no local para mostrar os seus dotes de bons dançarinos.
Para a satisfação dos presentes, o artista foi ainda no seu álbum buscar “Izenu um tale” e “Vizinha Maria”.
Apesar de o momento ter sido de Eddy Tussa, o programa de hoje teve ainda um Calabeto ao seu estilo, mostrando que a idade não pesa e não é impedimento para a sua “ginga”.
Aberto pela Banda Maravilha, que teve pouco mais de meia hora de actuação, o programa contou igualmente com os préstimos de Esmeralda Quissanga e o seu “Ndarissesssa”, Voto Gonçalves.
Reinaugurado em Dezembro de 2001 pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, depois de longos anos voltado ao abandonos, o Kilamba tem se dedicado nos últimos anos à promoção e valorização da música angolana dos anos 50, 60 e 70.
O ex-Centro Cultural e Recreativo Maria das Escrequenhas, localizado no Rangel (Luanda), tem na sua grelha os programas “Farrar ao antigamente”, “Show à Sexta-Feira”, “Encontro e Convívio”, Musongué da Tradição, entre outros.
Fonte: Angop
