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    Economista moçambicano acusa grupos internacionais de financiar conflitos em África

    (D.R)
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    O economista moçambicano Tomaz Salomão, ex-secretário executivo da SADC, apontou hoje a existência de grupos internacionais a financiar conflitos em África para “tirar proveito dos recursos dos países africanos” e apelou à estabilização em Moçambique.

    “A história do nosso continente mostra que, em vários países, enquanto os nacionais lutam entre si, há aqueles que vão tirando partido dessas situações, estimulando-as por via da venda de armas, para assim poderem continuar a extrair os nossos recursos nacionais”, afirmou Tomaz Salomão, citado hoje na imprensa local.

    O antigo secretário executivo da SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral) apelou aos dirigentes do Governo moçambicano e da Renamo para “enterrarem os machados da guerra”, para que Moçambique evite uma situação idêntica à da Republica Democrática do Congo.

    “Junto a minha voz à de tantos outros compatriotas para apelar ao Governo e à Renamo para que tudo façam, de modo a que o machado da guerra seja definitivamente, enterrado e as armas se calem para sempre em Moçambique”, apelou Tomaz Salomão.

    Com repetidos confrontos armados entre forças governamentais e ex-guerrilheiros da Renamo, Moçambique vive atualmente a pior tensão político-militar desde a assinatura dos acordos de paz de 1992 entre a Renamo e a Frelimo, que puseram termo a 15 anos de guerra civil.

    O economista moçambicano destacou a crescente importância da SADC no contexto político, económico e social do continente africano, cujo Produto Interno Bruto (PIB) das economias dos 15 países que compõe a comunidade é de “650 mil milhões de dólares”, ainda assim, “inferior ao da Turquia sozinha”, alertando ainda Moçambique sobre os baixos rendimentos da sua população.

    “Não obstante os esforços feitos na recuperação económica de Moçambique, o nosso PIB per capita continua a ser um dos mais baixos da região, estando apenas acima do Maláui, Madagáscar e República Democrática do Congo, e estando a par da Tanzânia”, sublinhou Tomaz Salomão.

    O antigo ministro das Finanças no governo de Joaquim Chissano foi um dos oradores da cerimónia de arranque do novo ano letivo da Universidade Politécnica, em Maputo, onde apresentou a palestra “Preparando as mulheres e os homens para os desafios de amanhã”. (panapress.com)

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