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    Economia não petrolífera regista forte crescimento

    Foto: (Contreiras Pipa)
    Foto: (Contreiras Pipa)

    Estimativas do Executivo apontam para uma perspectiva de aceleração do Produto Interno Bruto (PIB) na ordem de 7,1 por cento no ano de 2013 face aos 7,4 que foram observados durante ao ano de 2012.

    Com vista ao maior controlo de liquidez no mercado mone­tário, o Comité de Política Mone­tária (CPM) do Banco Nacional de Angola (BNA) recomenda que os agentes económicos devem ter a luibor como taxa de juro de referência na contratação de crédito bancário.

    Tendo em conta à tomada de medidas de política monetária que concorram para a estabi­lidade de preços na economia nacional, o CPM do BNA ana­lisou nos últimos trinta dias, a evolução da inflação, do Pro­duto Interno Bruto (PIB), das contas fiscais e monetárias, bem como a informação recente sobre a conjuntura económica internacional e regional.

    Quanto à economia nacional, as estimativas do Executivo ango­lano apontam para uma perspec­tiva de crescimento real do PIB na ordem de 7,1por cento em 2013, face aos 7,4 por cento observados em 2012, com ênfase para o con­tínuo crescimento da economia não-petrolífera.

    Em Julho, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacio­nal de Estatística (INE), a taxa de inflação variou em 0,52 por cento, após uma variação de 0,63 por cento em Junho. O sector mobi­liário, equipamento doméstico e manutenção” foi a que registou maior variação de preços, com 0,85 por cento, sendo a alimen­tação e bebidas não-alcoólicas a que mais contribuiu para a infla­ção do mês com 0,30 pontos per­centuais ou 56,53 por cento.

    A inflação acumulada dos setes primeiros meses do ano é de 4,81 por cento, um aumento quando comparado com os 4,80 por cento observados no mesmo período de 2012. Ainda de acordo com os índices do INE, os produ­tos da cesta básica que mais varia­ram foram a fuba de bombó (1,11 por cento), a fuba de milho (0,83 por cento) e a carne seca de vaca (0,83 por cento).

    Contas monetárias

    No sector monetário, dados pre­liminares do mês de Julho de 2013 indicam uma contracção mensal dos depósitos do sistema bancário, de 0,49 por cento. As taxas de juro dos títulos públi­cos registaram uma diminuição na generalidade das maturida­des. A luibor baixou em todos os prazos e o crédito à econo­mia cresceu 0,44 por cento, no mês de Julho.

    No mês em análise, o stock de reservas internacionais bru­tas situou-se em 3.411,3 mil milhões de kwanzas, represen­tando um aumento de 2,69 por cento em termos relativos e de 89,5 mil milhões de kwanza sem termos absolutos, quando comparado ao mês imediata­mente precedente.

    No mercado cambial primá­rio, a taxa média de câmbio de referência do kwanza face ao dólar norte-americano fixou-se em 95,950 kwanzas em finais de Julho de 2013, tendo-se apre­ciado em 0,391 por cento.

    Evolução económica

    Os diversos ritmos de cresci­mento das principais economias mundiais representam um desa­fio para as autoridades mone­tárias, pelo que nos próximos meses é esperado um período mais agitado, com a realização de eleições alemãs em Setem­bro, a apresentação dos orça­mentos de Estado para 2014 por parte de alguns países da área do euro considerados relevan­tes, além das expectativas em torno da próxima reunião da FED que se realizará neste mês de Setembro.

    No contexto interno, deverá assistir-se a um incremento na execução fiscal durante o ter­ceiro trimestre do ano, conforme previsto na programação finan­ceira do tesouro, com especial ênfase para a execução das des­pesas de capital.

    Decisões

    Tendo presente a análise efectu­ada aos indicadores macroeco­nómicos, que inclui a evolução recente e as perspectivas para as economias angolana, da região SADC e internacional, o CPM decidiu reduzir a taxa básica de juro – taxa BNA – de 10 por cento para 9,75 por cento ao ano e a taxa de juro da faci­lidade permanente de cedência de liquidez de 11,25 por cento para 11 por cento ao ano.

    Decidiu ainda reduzir a taxa de juros da facilidade permanente de absorção de liquidez a 1 por cento para 0,75 por cento ao ano. PEDRO PETERSON (Jornal de Economia & Finanças)

     

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