Chegou esta manhã à base aérea de Torrejón, próxima de Madrid, o avião militar que transportou o padre Miguel Pajares, a primeira vítima do Ebola a ser acolhida na Europa.
Um forte dispositivo médico e de segurança foi desencadeado para o transporte do doente até à célula de isolamento do Hospital Carlos III, na capital espanhola.
Miguel Pajares trabalhava numa missão humanitária na Libéria, onde o vírus já matou centenas de pessoas.
As autoridades de Monróvia declararam o estado de emergência, após o encerramento de diversas clínicas e hospitais, na sequência do contágio dos médicos e pessoal médico que tratou dos doentes infetados.
“Os médicos deixaram de estar em contacto com os doentes porque têm estado a ser contaminados, por isso queremos restringir os movimentos de pessoas de modo a tentarmos controlar a doença”, explica o vice-presidente, Joseph Bokai.
Na Libéria, Serra Leoa, Guiné e Nigéria já morreram 932 pessoas vítimas do vírus.
O Ebola é uma febre hemorrágica altamente contagiosa que ainda não tem cura e matou até agora mais de metade das pessoas infetadas. Os sintomas são febre, vómitos, diarreia e hemorragias internas e externas.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) iniciou uma reunião de crise em Genebra e pondera pedir à comunidade científica que utilize os tratamentos experimentais de que dispôe para tentar combater a epidemia. (euronews.com)