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    Durão Barroso diz que objetivo de Putin é o “controlo total” da Ucrânia

    (Foto: Global Imagens/Arquivo)
    (Foto: Global Imagens/Arquivo)

    O presidente da Comissão Europeia afirmou, esta quarta-feira, que o objetivo do presidente russo, Vladimir Putin, acusado por Kiev e pelo Ocidente de fomentar uma insurreição pró-russa no leste da Ucrânia, é ter o “controlo total” daquele país.

    “Não tenho qualquer dúvida sobre o facto de que a meta de Putin é ter o controlo total da Ucrânia. Não estou a afirmar que o seu objetivo é necessariamente ocupar todo o país, mas ter o controlo total”, disse José Manuel Durão Barroso em Washington, durante uma intervenção no Conselho do Atlântico, organização criada em 1961 para promover as relações transatlânticas.

    “De facto, o próprio assumiu isso. Por diversas vezes afirmou que uma Ucrânia independente era uma criação do Ocidente”, referiu o presidente do executivo comunitário, acrescentando que a Ucrânia representa uma peça central de um projeto de uma união aduaneira que Moscovo pretende estabelecer com os ‘países vizinhos’.

    No plano emocional e intelectual, “os líderes russos, e manifestamente o presidente Putin, não aceitam a independência da Ucrânia e pensam que [o país] devia fazer parte da Rússia”, reforçou o representante comunitário, que foi distinguido em Washington com o prémio de liderança internacional atribuído anualmente pelo Conselho do Atlântico.

    Na mesma intervenção, Durão Barroso referiu que as sanções adotadas pela União Europeia (UE) e pelos Estados Unidos pretendem mostrar que existirão “graves consequências” para a Rússia se continuar a desestabilizar a Ucrânia.

    Perante as opiniões que apontam a falta de unidade no seio da UE para tomar medidas mais fortes, o presidente da Comissão Europeia defendeu que o bloco comunitário fez “muito”, afirmando mesmo que todas as decisões assumidas pelos parceiros europeus terão um impacto maior em comparação com as medidas norte-americanas.

    ” (…) Por uma razão simples: somos o primeiro parceiro comercial da Rússia”, salientou.

    Em relação às ameaças de Moscovo de cortar o fornecimento de gás à Ucrânia, que poderia perturbar o fornecimento europeu, o presidente do executivo comunitário também lembrou a dependência russa em relação à UE.

    “É verdade que certos Estados-membros são dependentes do gás, mas a Rússia é também muito dependente da Europa, porque somos um bom cliente, que paga a horas e que tem grandes contas”, concluiu. (jn.pt)

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