A atual presidente Dilma Rousseff recebeu quatro jornalistas para a ‘Sabatina Folha/UOL/SBT/Jovem Pan’ para discutir sobre o atual mandato e propostas para a tentativa de reeleição nas Eleições de outubro. Josias de Souza, UOL, Ricardo Balthazar, Folha de S.Paulo, Kennedy Alencar, SBT e José Maria Trindade, da rádio Jovem Pan, foram os convidados para entrevistar a presidente no Palácio do Planalto, em Brasília.
Líder das pesquisas eleitorias, Dilma Rousseff evitou comentar mudanças em um novo governo de quatro anos, criticou fortemente os ‘pessimistas’ da economia e garantiu que não aceitará este tipo de especulação durante o período eleitoral, exaltou seus números de criação de empregos, educacionais e de infra-estrutura. A presidente admitiu alguns erros, mas afirma que ‘mudamos sempre para melhorar’.
A candidata do Partido dos Trabalhadores falou a relação do Brasil com Cuba para explicar a necessidade de continuidade do projeto ‘Mais Médicos’, algo que Aécio Neves, candidato do PSDB, gostaria de rever. ‘Dos 14400 médicos que nos precisávamos para cobrir 50 milhões de pessoas em áreas mais pobres do país. Demos três oportunidades para médicos brasileiros e não conseguimos alcançar o número necessário. Fizemos um acordo com Cuba e recebemos 11 mil doutores’, afirmou.
Sobre a crise econômica iniciada em 2008, Dilma afirmou que o Governo ‘minimizou os efeitos da crise’. ‘Todos nós erramos porque a gente não tinha ideia do grau de descontrole que o sistema financeiro internacional tinha atingido. Nós minimizamos os efeitos da crise sobre a economia brasileira’, completou.
Dilma também não poupou críticas sobre os comentários relacionados ao mensalão do PT e ainda lembrou que o caso dos tucanos ainda não foi julgado. ‘Da relação com o PT, tem dois pesos e umas 19 medidas, pois o mensalão foi julgado e o mensalão mineiro não foi. No nosso caso, nós tomamos todas as providências, não tivemos nenhum processo de interromper a Justiça, não pressionamos juízes nem engavetamos denúncias’, declarou.
O julgamento do mensalão do PT resultou na prisão do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e o ex-presidente da sigla José Genoino. No caso do PSDB, a Procuradoria Geral da República acusou o então governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo de usar recursos públicos para financiar sua campanha em 1998.
Para Dilma, o Partido dos Trabalhadores durante o seu governo e de Lula tomou as principais medidas para combater a corrupção no país. ‘Demos autoridade para a Controladoria Geral da União e demos todos os instrumentos para ela atuar. Transformamos a prática da Polícia Federal numa prática investigativa respeitável. Nomeamos um Ministério Público de forma independente e fomos o único governo que, na sua gestão, teve pessoas condenadas”, finalizou. (noticias.yahoo.com)