Indignação em Zagreb depois de a Suíça ter anunciado que, em virtude do resultado do referendo contra a imigração, não vai assinar o acordo que iria abrir o mercado de trabalho helvético aos croatas, os membros mais recentes da União Europeia.
“A Croácia é a primeira vítima do referendo na Suíça”, escreveram os jornais e nas ruas da capital não falta quem lamente não ter “os mesmos direitos” que os outros Estados-membros e quem esteja desiludido com a União Europeia, porque “foram feitas muitas promessas” e, “seis meses depois, nada foi feito”. “Cada dia que passa, somos mais marginalizados”, afirmou um croata.
Em resposta à decisão helvética de não assinar o acordo de alargamento do acesso ao mercado de trabalho a cidadãos croatas, a União Europeia cancelou o financiamento dos projetos de investigação que envolvem universidades e empresas suíças e adiou as negociações para alargar à confederação os programas Horizonte 2020 e Erasmus+ até que a Suíça assine o pacto sobre o mercado de trabalho.
O presidente da Suíça vai esta terça-feira a Berlim e a Paris explicar as consequências do referendo que irá implicar restrições à imigração. (euronews.com)