O ministro da saúde, José Van Dunem, afirmou hoje, terça feira, à Angop que, tal como qualquer pais, Angola ganharia caso acolhesse o Centro Africano Para o Controlo e Prevenção de Doenças ( CDC Africano), cuja criação será proposta durante a primeira Reunião dos ministros africanos da saúde, que decorrerá de 14 a 17 deste mês, em Luanda.
Acrescentou que qualquer africano queria ter um centro destes no seu país, porque mais facilmente e rápido daria resposta a situações de epidemias e, por outro lado, estaria mais capacitado para criar bases de prevenção contra possíveis ameaças de eclosão de doenças.
Entretanto, os ministros africanos da saúde vão, entre os vários pontos, discutir a proposta de criação do referido centro, que será apresentada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Comissão da União Africana (CUA).
A necessidade desta estrutura foi corroborada pelos Chefes de Estado em Abuja, em 2013, durante a Cimeira Especial da União Africana sobre o VIH/Sida Tuberculose e Malária, onde solicitou-se à Comissão da CUA que começasse a estabelecer as modalidades de criação de um Centro Africano para o Controlo e Prevenção de Doenças, cujo pedido foi reiterado na decisão tomada pela 22ª Sessão Ordinária da Assembleia da UA, realizada em Adis Abeba, em Janeiro de 2014.
O centro terá como tarefas prevenir, detectar e responder eficazmente as doenças, reforçar as capacidades de saúde pública nos domínios da detecção, vigilância e resposta às enfermidades em África.
São ainda objectivos do centro funcionar como a base de dados de África, prestará apoio à prevenção e o controlo das DNT, irá promover e realizará a investigação de doenças, promoção da saúde e a circulação de agentes patogênicos e propõe-se a melhorar a colaboração transfronteiriça e intersectorial nas questões de saúde pública.
Segundo peritos ligados a esta reunião, caso a situação evolua como planificado, O CDC Africano deverá estar em funcionamento até ao primeiro trimestre de 2015. (portalangop.co.ao)