Durante o encontro ministerial, realizado no Lobito, ficou vincado o avanço de Angola relativamente à Zâmbia e República Democrática do Congo (RDC). Os dois países que, com Angola, integram o chamado Corredor do Lobito, não têm investido no desenvolvimento das suas infraestruturas ferroviárias.
O ministro dos Transportes da República Democrática do Congo, Justin Muanangongo, justificou o atraso com “a escassez de financiamentos para a recuperação da rede ferroviária na dimensão que o ambicioso projecto do Corredor do Lobito impõe”.
Neste particular, na RDC, há a assinalar a incipiente ligação da Sociéte Nationale des Chemins de Fer du Congo (SNCC), embora o governante congolês confesse o seu Executivo está apostado na alocação de verbas para executar o projecto.
Justin Muanangongo promete inverter o quadro a breve trecho, salientando que existe grande interesse em colaborar. “Precisamos encontrar um canal menos oneroso para a saída e entrada de bens no meu país”, frisa o governante.
Em idêntico patamar encontrase a Zâmbia. Um país sem saída para o mar, que encara Angola como uma alternativa economicamente viável para escoar e importar mercadorias. ”É indubitavelmente no Caminho-de-Ferro de Benguela que a Zâmbia encontrará espaço para fazer chegar ao Mundo o nosso cobre”, referiu o titular dos transportes zambiano, Christopher Ilunga.
“Abre-se agora uma nova era para os países da região desenvolverem as suas economias e o Corredor do Lobito assume-se como mola impulsionadora”, asseverou.
Angola investiu até agora cerca de mil milhões de dólares no programa de construção, reabilitação e modernização de infraestruturas dos transportes do Corredor de Desenvolvimento do Lobito, segundo declarou o ministro dos Transportes, Augusto da Silva Tomás.
HORTÊNCIO SEBASTIÃO (Novo Jornal)