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    Cimeira de consenso do grupo Shangai na China

    Os presidentes russo e chinês, Putin e Jinping, deram uma imagem de unidade este domingo no final da cimeira da Organização da cooperação de Shangai, que decorreu durante dois dias na cidade portuária de Qingdao, na China. Uma OCS, criada em 2001 e que já conta com 8 países membros dentre os mais populosos do mundo.

    Terminou, este domingo, na cidade do porto de Qingdao, na China, a cimeira da Organização de cooperação de Shangai, com os presidentes chinês, Xi Jinping e russo, Vladimir Putin, a enviarem ao mundo uma imagem de unidade e confiança.

    Os dois presidentes louvaram igualmente a expansão da Organização, que acolheu como membros a India e o Paquistão, juntando-se à China, Rússia, Qazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão e Uzbequistão.

    O Irão participou igualmente na cimeira da OCS, enquanto membro observador, à espera de ser membro de pleno direito, que já lhe foi prometido.

    Aliás, o presidente Rohani, obteve o apoio ao programa nuclear iraniano, que foi buscar à cimeira, junto da China e da Rússia, após a rejeição do mesmo, pelos Estados Unidos de Trump.

    A cooperação é mais do que nunca necessária numa altura em que o “unilateralismo, o proteccionismo e as reacções opostas à globalização adquirem novas formas”, declarou o presidente chinês angitrião, Xi Jinping.

    “Devemos rejeitar a mentalidade de guerra fria e de confrontação entre os blocos e estaremos contra a busca desenfreada de segurança para si mesmo em detrimento dos outros, com vista a uma segurança para todos”, sublinhou Jinping, sem citar explicitamente os Estados Unidos.

    Mas é caricato quando Xi Jinping, presidente do Partido comunista, duma China comunista que sempre denunciou o imperialismo e organizações ocidentais, afirmar que “ha que respeitar as regras da Organização mundial do comércio”, onde entrou como membro, graças ao apoio dos Estados Unidos.

    Por seu lado, Putin, declarou que com a entrada da India e do Paquistão, a Organização fica “ainda mais forte”.

    A ambição da Organização de cooperação de Xangai, ficou clara, logo na abertura da cimeira, com os seus dirigentes, a declarar que querem ser uma alternativa ao poderio dos Estados Unidos e da NATO.

    A China, que tem uma estratégia hegemónica para a Ásia, África e Europa, anunciou no final da cimeira que vai abrir uma linha de créditos de 4,7 mil milhões de dólares aos membros da OCS.

    Com Moscovo, Pequim, quer, igualmente, uma parceria económica euro-asiática alargada aos outros membros, numa altura em que o comércio e os investimentos entre eles aumentam.

    Estamos, portanto, num novo figurino geopolítico, em que os antigos países do Bloco comunista e satélites, se posicionam, num novo xadrez político mundial, namorando parceiros ocidentais europeus, para isolar os Estados Unidos, paradoxalmente, o financiador e defensor político e militar do Ocidente !

    A ver vamos ! (Rfi)

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