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    Centenas de manifestantes continuam mobilizados em Kiev

    (Foto: TSF)
    (Foto: TSF)

    Manifestantes pró-europeus continuavam esta manhã em Kiev, apesar do frio e da neve, depois de uma demonstração de força da oposição que mobilizou milhares de pessoas contra o poder.

    Pouco depois do amanhecer, 200 a 300 pessoas estavam amontoadas ao redor da praça da Independência, centro da contestação, onde sacerdotes recitavam orações, constatou um jornalista da agência de notícias francesa AFP.

    Sob temperatura negativa de -4.ºC e uma chuva de neve que cobria a calçada do centro da capital ucraniana, dezenas de pessoas tinham tendas montadas atrás das barricadas em torno de diversos pontos que protegiam os principais locais do poder (presidência, parlamento, governo).

    Uma concentração pró-poder reunia, por outro lado, centenas de pessoas num parque situado ao lado do parlamento.

    Alguns cruzamentos estavam bloqueados por autocarros vazios que impediam qualquer passagem, incluindo de peões, enquanto outros eram guardados por polícia de choque, que apenas deixava passar os funcionários do Governo munidos de um livre-trânsito.

    «Nós queremos mostrar que estamos lá, e que o nosso objetivo é a saída do Presidente e do Governo», afirmou à AFP Iouri Maïboroda, de 53 anos, ao lado de uma barricada, com o boné coberto de neve.

    «É impossível voltar atrás», disse Volodymyr Kiblyk, que tal como Iouri Maïboroda chegou há duas semanas da cidade de Znamenka, no centro do país de 46 milhões de habitantes.

    Volodymyr Kiblyk disse que em 2004 «aconteceu a mesma coisa», referindo a revolução laranja que permitiu a ascensão ao poder de políticos pró-ocidente, entretanto combatidos em 2010 com a chegada ao poder do Presidente Viktor Ianouklovitch.

    A oposição está a tentar manter a pressão sobre o poder após um comício que, segundo as estimativas da AFP reuniu em Kiev mais de 300.000 manifestantes – embora a organização fale em um milhão de pessoas -, e dezenas de milhares noutras cidades do país.

    O dia de domingo terminou com a queda de uma estátua de Lenine, símbolo do domínio de Moscovo sobre a Ucrânia durante a era soviética, derrubada por algumas dezenas de manifestantes, incluindo ultranacionalistas.

    Estes exigiram a renúncia do presidente Viktor Yanukovich, a quem acusam de ter renunciado no final de novembro à assinatura de um acordo de associação com a União Europeia para favorecer uma aproximação à Rússia.  (tsf.pt/AFP)

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