Pela primeira vez, astrónomos conseguiram calcular a rotação de um buraco negro super-maciço. A esfera com mais de dois milhões de quilómetros de diâmetro, oito vezes a distância da Terra à Lua, está no centro da galáxia ‘NGC 1365’ e gira tão rápido que a sua superfície está a viajar no espaço quase à velocidade da luz.
A medição de rotação dá pistas preciosas sobre como o buraco negro cresceu e alcançou o estatuto de super-maciço, o maior tipo de buraco negro. Esse crescimento influencia a evolução das galáxias, pelo que esse simples número pode ensinar muito aos cientistas.
Investigadores do Centro de Astrofísica (CfA, sigla em inglês) da Universidade de Harvard, nos EUA, utilizaram novos dados recolhidos por dois satélites espaciais, NUSTAR e XMM-Newton, para calcular a impressionante taxa de rotação. O estudo foi publicado hoje na revista científica Nature.
“Esta é a primeira vez que alguém mediu com precisão a rotação de um buraco negro super-maciço”, disse o autor principal do estudo, Guido Risaliti, num comunicado do CfA. Os buracos negros são extremamente difíceis de estudar, pois muito do que a astronomia observa depende da deteção da luz. Ler mais
(dn.pt)